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Polícia

Polícia Civil investiga caso de menina que engravidou após ser estuprada

Investigações foram abertas após o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e o Conselho Tutelar serem comunicados sobre o caso

Fachada da 74ª DIP de Borba (Foto: Arquivo/Diário Manauara)

Borba (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) instaurou inquérito para investigar o caso de uma menina de 13 anos, que está grávida de dois meses, no município de Borba (a 151 quilômetros de Manaus). O titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é suspeito de cometer o estupro.

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Segundo informações da 74ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), as investigações foram abertas após o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e o Conselho Tutelar serem comunicados sobre o caso na última sexta-feira (23), quando a mãe leu mensagens do suspeito no celular da filha.

Alberth Antunes Souza Campos, titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é apontado como suspeito de estupro de vulnerável. O secretário não foi encontrado no município, haja vista que estaria na capital amazonense para acompanhar o pai em tratamento.

Convencimento

Conforme a denúncia feita por uma fonte ao Portal Diário Manauara, Alberth Antunes ao ficar sabendo da gravidez, entrou em contato com a Jaqueanne, que é funcionária da Prefeitura de Borba, para convencer a menina provocar aborto.

“A pedido de Alberth Antunes, Jaqueanne mandou áudios para o celular da menina afim de induzi-la a tomar medicamento com objetivo provocar o aborto. Alegou que a garota teria um futuro melhor se realizasse o aborto com o método. Ela chegou a oferecer R$ 5 mil inicialmente, sendo posteriormente os valores passaram para R$ 15 mil e R$ 20 mil”, disse a fonte.

Desaparecidos

Após a notícia da denúncia repercutir na cidade contra o secretário da SMS, a reportagem do Diário Manauara obteve informações que Jaqueanne se deslocou em uma lancha até a casa da menina, que fica na comunidade indígena “Vista Alegre”, na Zona Rural de Borba.

Jaqueanne chegou ao local por volta de 12h de quarta-feira (28), acompanhada de dois homens, que se passaram por funcionário do Conselho Tutelar e policial civil.

A visita tinha como desculpa levar o padrasto, a mãe e a criança para prestarem novos esclarecimentos no Conselho Tutelar, o que não aconteceu.

Desde então, a criança de 13 anos, um menino de quatro anos, o padrasto Miguel Pedrassa de Assis, 33, e Selma Fonseca Castro, 29, que está grávida de sete meses, estão desaparecidos.

Por telefone, a irmã de Selma, informou que registrou o sumiço dos familiares na manhã desta quinta-feira (29), na 74ª DIP.

“Os moradores da comunidade disseram que a Jaqueanne levou a minha irmã, meu cunhado e meus sobrinhos para um lugar o qual não sabemos. Selma teria resistido para não deixar o local, mas foi intimidada pelo suposto conselheiro e policial. Até agora, estamos angustiados sem notícias do paradeiro deles”, disse a irmã, que preferiu não se identificar, com exclusividade ao Diário Manauara.

Ação policial

Um motorista do Conselho Tutelar chegou a ser detido pela polícia nesta quinta-feira (29) por suspeita de envolvimento no desaparecimento, mas foi liberado depois de prestar depoimento. Durante o interrogatório, o funcionário J. L. B. S., negou qualquer participação no sumiço.

Conforme o Boletim de Ocorrência (BO), Jaqueanne e outro homem ainda não identificado, continuam sendo os principais suspeitos no desaparecimento.

Diligências

Ainda segundo a polícia, diligências são realizadas sobre o caso, no entanto, por se tratar de acusação de crime sexual envolvendo menor de idade, as investigações ocorrerão em caráter de sigilo.