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Polícia

Após sequestro, irmãos são torturados e um morre com tiros na cabeça

O crime ocorreu na Avenida Praia do Futuro, no bairro Campos Sales, na Zona Norte de Manaus. A DEHS investiga o assassinato motivado por tráfico de drogas.

João Edson foi morto torturado e morto com dois tiros na cabeça (Foto: Divulgação)

Manaus – O autônomo João Edson Tavares da Silva, 22, foi morto com dois tiros na cabeça, na noite desta segunda-feira (2), em uma área de mata, na Avenida Praia do Futuro, no bairro Campos Sales, na Zona Oeste de Manaus. Na mesma ação, o irmão da vítima, Leandro Tavares da Silva, 19, foi encontrado baleado e socorrido para o hospital.

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De acordo com a equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), as vítimas foram encontradas com as mãos amarradas, com marcas de agressão física e tiros na cabeça por moradores da região, que acionaram a Polícia Militar, por volta das 21h30.

João Edson não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Ele teve o nariz e os dentes quebrados durante as agressões. Já Leandro foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado em estado grave ao Pronto-Socorro (PS) Dr. João Lúcio, na Zona Leste. Ele sobreviveu após fingir estar morto.

Horas depois, os familiares chegaram ao local e relataram à polícia que os irmãos estavam em casa, quando receberam uma ligação e saíram sem informar o destino. Segundo eles, João Edson e Leandro eram usuários de drogas e não tinham passagens pela polícia.

Em consulta ao Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), a polícia constatou que João Edson já tinha passagem por roubo e furto. A suspeita é que os irmãos receberam a ligação para comprar drogas e depois foram sequestrados em frente da residência, sendo levados para o local da tortura.

Material encontrado

As cordas encontradas na cena do crime para imobilizar as vítimas foram recolhidas pelos peritos criminais do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC). A coleta de material genético deve ajudar na identificação dos autores.

O corpo da vítima foi removido ao Instituto Médico Legal (IML). A DEHS não descarta que o atentado esteja relacionado ao tráfico de drogas.