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Polícia

Após briga interna, seis detentos morrem na UPP, em Manaus

Seis detentos morreram durante confronto na UPP - foto: Mário Souza/Diário Manauara

Seis detentos morreram durante confronto na UPP – foto: Mário Souza/Diário Manauara

Seis detentos foram mortos na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na sexta-feira (7), na Zona Leste de Manaus, durante uma rixa entre membros de uma facção criminosa. Após o confronto, o Batalhão de Choque da Polícia Militar entrou na unidade prisional para conter a situação.

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), O primeiro detento morto foi Janderson Araújo da Silva, vulgo ‘Boca Rica’, 42, que estava na galeria 3, cela 8. Ele foi decapitado pelos próprios companheiros dentro da cela, após supostamente ter traído a facção criminosa Família do Norte (FDN). ‘Boca Rica’ era apontado como um dos líderes da facção criminosa.

Os corpos dos detentos foram removidos pelo IML - foto: Mário Souza/Diário Manauara

Os corpos dos detentos foram removidos pelo IML – foto: Mário Souza/Diário Manauara

Durante o confronto, outros cinco presos foram assassinados, entre eles Leonardo Almeida de Souza, o ‘Leleo’, 23, da galeria 1, cela 06. Ele foi amarrado e decapitado; Marcos Henrique Neves de Lima, 30, da galeria 2, cela 06; Tiago de Araújo, idade não informada, da galeria 3, cela 03; Felipe Xavier Oliveira, 19, da galeria 03, cela 03, e Felipe Gonçalves Marques, idade não informada, da galeria 03, cela 05, foram mortos por arma branca, estrangulamento e enforcamento.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que as seis mortes dentro da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) não foram motivadas por rebelião ou motim, mas uma briga interna entre os presos, tendo em vista que os internos não apresentaram oposição às forças policiais, reivindicações e nem danos ao patrimônio público.

A revista e contagem foi realizada pelo Batalhão de Choque da PM - foto: Mário Souza/Diário Manauara

A revista e contagem foi realizada pelo Batalhão de Choque da PM – foto: Mário Souza/Diário Manauara

Diante do fato, a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) realizou no local o procedimento de contagem de internos. A ação foi acompanhada pelo secretário Sérgio Fontes, da SSP-AM e pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Amazonas (OAB-AM), Epitácio Almeida. Policiais civis também estiveram na UPP, realizando as oitivas dos detentos que residem nas celas onde ocorreram os crimes. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) realizam a perícia técnica na unidade prisional.

Famílias

Do lado de fora, familiares se aglomeraram em busca de informações dos presos. Alguns parentes chegaram a desmaiar.

Visitas

Após a situação ser controlada que resultou na morte de seis detentos, as visitas na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) foram suspensas por tempo indeterminado. A informação foi confirmada pelo secretário da Seap, coronel Cleitman Coelho. Ele acrescentou ainda que a entrega dos alimentos e banho de sol dos presos também foram suspensas.

Revista na UPP

Durante a varredura na UPP, foram recolhidos armas caseiras e estoques, que estavam dentro de três celas onde os presos foram mortos, cujos detentos faziam parte da mesma facção criminosa denominada Família do Norte (FDN).

“Foi uma briga interna entre os internos. Todos os presos foram mortos dentro das próprias celas. Um dos presos foi decapitado, cujo a peça de um aparelho de DVD foi usado como instrumento para cometer o crime”, disse o secretário da Seap, coronel Cleitman Coelho.
O secretário da Seap ressaltou que devido ao confronto, 20 presos estão sendo ameaçados e devem ser transferidos para outras unidades prisionais da capital.