Kenneth Eugene Smith foi condenado à morte por asfixia com gás nitrogênio (Fotos: Divulgação)
A execução de um homem por asfixia com nitrogênio está prevista para meia-noite desta quinta-feira (25), no estado do Alabama, nos Estados Unidos. Essa será a primeira morte com o método considerado cruel.
Kenneth Eugene Smith, 58, foi condenado por matar Elizabeth Sennett esfaqueada e espancada em março de 1988. À época, o assassinato foi encomendado pelo marido da vítima, o pastor Charles Sennett, que depois cometeu suicídio.
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Smith chegou a ser absolvido em um júri popular por 11 votos a 1, mas a sentença foi anulada posteriormente pela Justiça.
O prisioneiro já tinha sido levado em 17 novembro de 2022 para ser morto por injeção letal numa câmara. Ele ficou amarrado em uma maca por mais de uma hora, mas sobreviveu.
Na verdade, não foi encontrada uma veia boa suficiente para receber o veneno. A defesa alegou que Smith sentiu dor física e psicológica que culminou em transtorno de estresse pós-traumático.
O método com drogas usadas em injeções letais, mais comum para execução de detentos nos Estados Unidos, está cada vez mais difíceis de encontrar. Devido a falta dos químicos por injeção letal, uma nova data foi marcada pela Justiça do estado do Alabama, que decidiu pela asfixia com gás nitrogênio.
À morte por meio do método nunca usado é condenado pelas Nações Unidas e pela Anistia Internacional. A asfixia com gás nitrogênio vem sendo criticada nos Estados Unidos. Veterinários reputam o método muito cruel até para os animais.
Em uma petição judicial, o estado afirmou que colocará um “respirador de ar tipo-C”, um tipo de máscara normalmente usada em ambientes industriais para fornecer oxigênio vital, sobre o rosto de Smith.
Após o diretor da prisão ler o mandado de morte e perguntar se Smith tem alguma última palavra, o gás nitrogênio será ativado de outra sala. O sistema de asfixia por nitrogênio será administrado por pelo menos 15 minutos ou cinco minutos depois da ausência de sinais vitais no eletrocardiograma.
