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Cidades

Em Brasília, Arthur garante recursos para a situação de emergência de índios venezuelanos

Prefeito Arthur Neto reunido em Brasilia com membros do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. (Foto: Alex Pazuello/Semcom)

O prefeito Arthur Virgílio Neto garantiu, nesta quinta-feira (11), em Brasília-DF, recursos junto ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário para ajudar na situação de emergência social dos 355 indígenas venezuelanos da etnia Warau que se encontram em Manaus.
Acompanhado de sua esposa, Elisabeth Valeiko, do secretário municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos, Elias Emanuel, e da deputada federal Conceição Sampaio, o prefeito reuniu-se com o ministro do desenvolvimento social, Osmar Terra, para expor a grave situação em que se encontram os indígenas.

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“Recebemos o compromisso do ministro de enviar emergencialmente para Manaus a melhor quantia que ele puder, dentro das possibilidades do ministério”, disse o prefeito.

A confirmação do repasse de recursos só foi possível devido à publicação no Diário Oficial do Município, do dia 4 de maio de 2017, do decreto nº 3.689, que declara situação de emergência social em Manaus, pelos próximos 90 dias, prorrogáveis por mais 30.

Durante a reunião não foram divulgados os valores dos recursos, porém também foi debatida a criação de um campo de refugiados para acolher esses indígenas que buscam o Brasil como refúgio.

“Devido ao grande fluxo de índios imigrantes na fronteira de Pacaraima, em Roraima, com a Venezuela, o ministro entende que para quem já está aqui, dever haver um abrigo ajudado pela ONU (Organização das Nações Unidas) e OEA (Organização dos Estados Americanos), como há na Síria, para que eles possam se instalar sem que surjam problemas para os serviços da cidade”, explicou Arthur.

Outra pauta da reunião foi a restrição da entrada desses refugiados já nas fronteiras. “Esse assunto já está sendo tratado com o ministro das Relações Exteriores, Aluízio Nunes, e será também levado ao ministro Padilha, da Casa Civil, no sentido de criar um campo de refugiados e termos a barreira na fronteira” disse o prefeito.

A deputada federal Conceição Sampaio lembrou que a situação, na proporção que está, precisa do envolvimento de todas as esferas do poder para que tenha uma resolução.

”Esse é um problema que tem que ser enfrentado pela prefeitura com a ajuda do Governo do Estado e, principalmente, do Governo Federal. É um problema social que temos que enfrentar. E mesmo que o município já esteja executando ações, é preciso uma definição enquanto país para sabermos como devemos fazer”, enfatizou.

O secretário da Semmasdh, Elias Emanuel, lembrou que é necessário o envolvimento da Polícia Federal no processo para que haja a regularização documental dos indígenas que já se encontram em Manaus.

“Uma vez que todos estejam com sua documentação em dia poderemos inclui-los nos programas sociais do Governo Federal”, disse Emanuel.

A prefeitura já está atuando junto aos indígenas, realizando o levantamento do perfil epidemiológico para identificar necessidades de assistência e prevenção em saúde. Além disso, realiza o monitoramento e controle de doenças parasitárias. Na área social também há o monitoramento diário de todos os indígenas venezuelanos que se encontram na cidade de Manaus.

Com informações da assessoria