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Saúde

Dia Mundial da Imunização: a importância das vacinas para salvar vidas

Em alguns países, como Estados Unidos e Israel, a eficácia e rapidez da imunização têm permitido que seus habitantes não precisem mais utilizar máscaras

Dia Mundial da Imunização. (Foto: Freepik)

Manaus (AM) – Nesta quarta, 9 de junho, é comemorado o Dia Mundial da Imunização. Este ano, a data coincide com o período em que a maioria dos países se encontra em uma corrida por vacinas, a fim de frear os contágios por covid-19. Em alguns países, como Estados Unidos e Israel, a eficácia e rapidez da imunização têm permitido que seus habitantes não precisem mais utilizar máscaras.

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O fenômeno confirma dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o poder das vacinas. Segundo a entidade, elas ajudam a evitar entre 2 e 3 milhões de mortes ao ano, por doenças diversas. Devido a isso, em 2019, a entidade colocou o ‘movimento antivacina’ como um dos principais perigos à saúde pública do mundo.

No Brasil, além dos imunizantes disponíveis na rede pública de saúde, é possível encontrar diversos outros na rede privada, para uma infinidade de doenças potencialmente graves e que podem ser prevenidas por vacinas. É o caso da influenza tetravalente, que previne contra os subtipos A e B do vírus influenza (causador de gripes); vacina contra hepatite A; vacina contra difteria (doença bacteriana), tétano e coqueluche (doença de tosse aguda).

“Existem diferenças entre algumas vacinas ofertadas na rede pública e privada. Nesta última, encontramos produtos diferenciados, que abrangem um maior número de variantes, por exemplo, e que possuem aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, afirma Eduardo Donini, farmacêutico da rede de drogarias Santo Remédio.

Segundo o profissional, a aplicação desses imunizantes segue calendário oficial da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM), que norteia as recomendações de saúde quanto à faixa etária e grupos que podem se vacinar.

O farmacêutico orienta que pacientes interessados em vacinas não ofertadas pelo poder público busquem avaliação com profissional de saúde antes de ir às farmácias. Isso porque, nesses casos, é preciso apresentar prescrição médica antes de se imunizar.

“A aplicação de vacinas é realizada em ambiente exclusivo nas farmácias, e por um profissional devidamente habilitado para tal função. Antes do procedimento, o paciente passa por uma triagem que comprove sua possibilidade de se vacinar”, diz o farmacêutico.

A orientação é que, ao buscar vacinação na rede privada, o paciente leve consigo o cartão de vacina para devido registro da dose aplicada. Ao final da imunização, a pessoa vacinada também recebe uma declaração de aplicação da dose utilizada.

História e segurança das vacinas

O poder da imunização prévia chama a atenção desde a invenção da primeira vacina que se tem registro no mundo: o imunizante para varíola, criado pelo médico inglês Edward Jenner, em 1796. A descoberta ajudou a diminuir os casos da doença, que, naquele período, assolava a Europa.

Para o farmacêutico da Santo Remédio, as vacinas são essenciais para evitar a propagação de doenças e diminuir as complicações mais graves dessas enfermidades. Ele garante que o método científico é seguro. “Todas as vacinas aprovadas para uso passam por diversas fases de avaliação, validadas por órgãos competentes e, independente da tecnologia que utilizam, são eficazes. No Brasil, quem fica responsável por esse processo é a Anvisa”, afirma Donini, contrapondo-se às ideias do chamado ‘movimento antivacina’, contrário à aplicação de imunizantes, e que ganhou força em 1998, após o médico britânico Andrew Wakefield publicar ‘estudo’ associando as vacinas contra rubéola, caxumba e sarampo ao surgimento de autismo.

A pesquisa foi questionada e descobriu-se, depois, que o ‘cientista’ era ligado a advogados que possuíam processos contra fabricantes de vacinas. Mas, embora tenha sido desqualificada, a falsa ‘tese’ já tinha plantado a semente das fake news (notícias falsas) sobre o tema, que continuam a brotar até os dias de hoje, inclusive sobre as vacinas contra Covid-19.