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Polícia

Pistoleiro diz que recebeu R$ 65 mil para matar sargento em Manaus

Silas Ferreira Silva, 26, confirmou sua participação. A motivação do crime, ainda em curso pela DEHS, seria triângulo amoroso

Silas foi preso no bairro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste de Manaus (Foto: Divulgação)

Manaus (AM) – Silas Ferreira da Silva, 26, investigado por assassinar o sargento Lucas Ramon Silva Guimarães, 29, do Exército Brasileiro (EB), foi preso na noite desta segunda-feira (21), por volta das 19h30, no bairro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste da capital amazonense. O cumprimento da prisão temporária foi realizado pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

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Em coletiva de imprensa condida nesta terça-feira (22), o delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, informou que Silas confessou o assassinato ocorrido no dia 1º de setembro deste ano, em uma cafeteria situada na avenida Ayrão, no bairro Praça 14 de Janeiro, na Zona Sul de Manaus. O pistoleiro confessou ter recebido R$ 65 mil para executar o militar com três tiros na cabeça.

“Silas estava escondido na casa da mãe. Ele confessou ter recebido o valor em espécie horas antes de cometer o assassinato. Todo o material usado no dia do crime foi financiado por uma terceira pessoa. Após concluir a execução, a motocicleta, roupa e a arma de fogo foram devolvidas para o intermediador. Ele reforçou que desconhece o destino do material utilizado. Silas disse que permaneceu na capital gastando o dinheiro com festas e drogas, e contava com a proteção de uma facção criminosa, a qual faz parte”, explicou o delegado Ricardo Cunha.

Silas já tinha sido preso pelo crime de roubo, em 2018. Ele deixou o sistema prisional no dia 5 de agosto de 2021, usando tornozeleira eletrônica. No entanto, ele rompeu o equipamento de monitoramento para cometer o crime.

A autoridade policial ressaltou, ainda, que as investigações irão continuar para identificar os mandantes. Joabson Agostinho Gomes, e a esposa dele, Jordana Azevedo Freire, donos da rede Vitória Supermercados, foram presos no dia 21 de setembro deste ano. Eles são apontados, respectivamente, como mandantes e cúmplice no assassinato motivado por traição e desvio de dinheiro.

Jordana tinha um relacionamento extraconjugal com Lucas Ramon, a quem também teria repassado a quantia de R$ 200 mil. Joabson, então, descobriu a infidelidade da esposa e contratou o pistoleiro. O sargento era casado com uma das herdeiras do Hospital Santa Júlia. A vítima deixou um filho pequeno e a esposa grávida.

Recompensa

Lucas Ramon foi morto com três tiros na cabeça (Foto: Divulgação)

Após a morte do sargento Lucas Ramon, a família ofereceu R$ 40 mil no dia 12 de novembro para denunciar o paradeiro do assassino.

Habeas corpus

Jordana Azevedo e Joabson Agostinho (Foto: Divulgação)

Joabson e Jordana, apontados nas investigações por envolvimento no assassinato, conseguiram habeas corpus após quatro pedidos. O alvará de soltura foi concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), na semana passada.