Manaus (AM) – O fim da violência contra as mulheres está longe de acabar e a covardia fez mais uma vítima neste sábado (30). Tharyane dos Santos Negreiros, 40, morreu após ser esfaqueada em seu local de trabalho, situado na comunidade Campos Sales, no bairro Tarumã, na Zona Oeste da capital amazonense.
Segundo apurado pelo Diário Manauara, o crime ocorreu por volta das 17h16. Tharyane trabalhava como doméstica em uma casa, quando o ex-companheiro Alessandro Pereira Mafra pulou o muro e desferiu diversas facadas contra a vítima.
Após o fato, a mulher foi socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Salles, na mesma zona, onde teve uma hemorragia aguda. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML). A vítima era natural de Boa Vista, no estado de Roraima (RR).
O autor do crime foi preso em flagrante por policiais militares, logo depois de ser alvejado a tiros por integrantes de uma facção criminosa. Alessandro ainda chegou a ser levado por conta dos ferimentos para o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. Platão Araújo, na Zona Leste de Manaus, antes de ser apresentado na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Em depoimento, Alessandro disse que cometeu o crime motivado por ciúmes, segundo apurou o Diário Manauara. Ele responderá pelo crime de feminicídio qualificado no âmbito da violência doméstica ou de gênero.
Outro caso de feminicídio
Este foi o segundo assassinato de mulher registrado pela polícia no sábado. Nariany Caresto Garcia de Sena, 24, tinha decidido terminar o relacionamento após diversas discussões por ciúmes. Rozinaldo Kennedy Luz Cesar, 20, que não aceitava o término da relação, decidiu matar a ex-mulher a facadas.
Segundo o Boletim de Ocorrência (B.O.) registrado na DEHS, Nariany se encontrava no local do fato em razão de ter ido visitar os filhos na casa da ex-sogra, localizada na avenida Gualter Batista, bairro Petrópolis, Zona Sul. Ela foi morta com golpes de faca na face e pescoço.
Lei pune feminicídio até 40 anos
Em vigor desde 10 de outubro deste ano, a Lei 14.994, de 2024, sancionada sem vetos pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, eleva a 40 anos a pena para o crime de feminicídio.