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Polícia

Homem executado com mais de 15 tiros escapou de chacina em 2018

O irmão da vítima, identificado como Alexandre de Oliveira Lemos, 36, morreu no ataque que deixou outros dois homens mortos em sítio na AM-240

Francisco foi um dos sobreviventes de chacina em 2018 (Foto: Divulgação)

Manaus (AM) – A execução do pedreiro Francisco de Oliveira Lemos, 41, ocorrida na manhã deste sábado (6), na comunidade do Nobre, no bairro Lago Azul, na Zona Norte de Manaus, pode ter ligação com o tráfico de drogas. Ele foi um dos sobreviventes de uma chacina em 18 de março de 2018 no distrito de Balbina, em Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus).

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No ataque que deixou três homens mortos em um sítio, localizado no quilômetro 49 da AM-240, estava o irmão dele, Alexandre de Oliveira Lemos, 36, conhecido como “Alan” e “Gordo”, apontado pela polícia como pistoleiro e segurança do narcotraficante João Pinto Carioca, o “João Branco”, um dos líderes da facção criminosa conhecida como Família do Norte (FDN).

Alexandre de Oliveira Lemos, o “Alan” ou “Gordo” (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Alexandre foi preso pela Polícia Federal de Roraima (PF) no dia 25 de fevereiro de 2016, em Pacaraima (a 188 quilômetros de Boa vista), junto com o “João Branco”, que tentava entrar pela fronteira do Brasil com a Venezuela portando uma identidade falsa com o nome de Jonatas Peres Soares. Atualmente, o narcotraficante está preso em uma unidade de segurança máxima.

Conforme apurou o Portal Diário Manauara, a polícia não descarta a execução de Francisco relacionado ao tráfico de drogas ou mesmo ter ligação com o atentado daquele ano. As investigações, ainda no início, apontam que Francisco tinha envolvimento com o mundo do crime, mas nunca caiu por tráfico.

Alguns levantamentos já foram traçados pela polícia para saber quem seriam os autores e a quem interessaria a morte. Uma semana antes do assassinato, dois homens estiveram na casa de Francisco. A mulher da vítima ficou na sala com um dos suspeitos e deve prestar mais esclarecimentos sobre essa visita.

O crime

Francisco foi executado com tiros de pistola calibre nove milímetros (Foto: Divulgação)

No cenário do crime, a perícia criminal, do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), contabilizou que Francisco foi atingido com mais de 15 tiros de pistola. Apesar da quantidade de tiros efetuados, o interessante é que apenas um estojo de calibre nove milímetros foi encontrado.

A polícia acredita que os assassinos tentaram não deixar pistas. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Imagens de câmeras de segurança instaladas na região irão ajudar na elucidação do assassinato.