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Política

Andrea Neves é presa em Nova Lima, na região metropolitana de BH

Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves, é levada pela Polícia Federal para fazer exames no Instituto Médico Legal, após ser presa. (Foto: Paulo Fonseca/EFE)

A Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente na manhã de quinta-feira (18) Andrea Neves, irmã do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Ela foi localizada em um condomínio em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Foi expedido contra ela um mandado de prisão preventiva pelo ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator dos processos ligados à Operação Lava Jato.

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Em Belo Horizonte, também são cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Andrea e Aécio e na casa do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). A PF não informa os locais exatos, nem a quantidade da mandados abertos para a capital mineira. Uma fazenda do senador no município de Cláudio, na região centro-oeste de Minas Gerais, é outro alvo dos policiais.

Paralelamente, no Rio de Janeiro, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em um imóvel de Andrea Neves. A PF recolheu materiais e equipamentos que passarão por perícia. Os gabinetes de Perrella e de Aécio no Senado, em Brasília, também foram alvo de buscas.

Andrea Neves, irmã do senador suspenso Aécio Neves (PSDB-MG), é levada Polícia Federal em Belo Horizonte. (Foto: Paulo Fonseca/EFE)

A ação da Polícia Federal ocorre após o jornal O Globo revelar, na noite de ontem (17), que o empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, entregou à Justiça gravações que comprometem Aécio Neves. O senador teria pedido R$ 2 milhões para ajudar a pagar suas despesas com a defesa na Operação Lava Jato.

O dinheiro teria sido entregue a um primo de Aécio. A entrega foi registrada em vídeo pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que o montante foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

Segundo a reportagem do jornal, Joesley também apresentou gravação na qual o presidente teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. A Presidência da República divulgou nota ontem (17) na qual diz que Temer “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha”, que está preso em Curitiba.

Outro lado

Em nota, a assessoria de Aécio Neves disse ontem (18) que o senador “está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários”.

O senador Zezé Perrella publicou uma mensagem em seu Twitter por volta das 22h50 de ontem (18) em que diz que nunca conversou com Wesley Batista, não conhece ninguém do grupo Friboi (uma das marcas da JBS) e que nunca recebeu doação “oficial ou extraoficial” da empresa. “Estou absolutamente tranquilo”, disse o senador. “O sigilo das minhas empresas citadas, dos meus filhos está absolutamente à disposição da Justiça, onde ficará comprovado que eu não tenho nada a ver com essa história”, acrescentou.

Fonte: Agência Brasil