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Polícia

Corpo sem cabeça é encontrado por pescadores em igarapé, na Zona Sul de Manaus

O corpo estava enrolado em lençol e amarrado com cordas. (Foto: Mário Souza/Diário Manauara)

Cerca de 24 horas após uma cabeça ser encontrada embaixo de uma ponte, situada na Avenida Maués, no bairro Morro da Liberdade, Zona Sul de Manaus, o corpo de Everton Garcia Mendes da Silva, o ‘Dedé’, 29, foi encontrado, sem cabeça, boiando no igarapé do 40, na manhã desta sexta-feira (16). O fato aconteceu por volta das 9h30, na área do Programa Social e Ambiental de Igarapés de Manaus (Prosamim).

De acordo com as informações do aspirante Alay Pereira, da 1ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), o corpo foi encontrado por pescadores da área, que acionaram o 190 do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops). O corpo da vítima estava aberto e as vísceras estavam expostas, uma técnica usada por criminosos para o corpo não boiar.

Familiares estiveram no local e reconheceram o corpo da vítima, que era vendedor ambulante de trufas. Segundo a mãe da vítima, Edneida Garcia, 45, por volta das 4h de quinta-feira (15), ocupantes de um veículo preto, de placa não identificada, abordaram Everton quando saia de casa e, em seguida, o obrigaram a entrar no carro.

A mãe da vítima confirmou que Everton era usuário de drogas, mas segundo ela, o filho não fazia parte de nenhuma facção criminosa, porém, a morte pode está relacionada à briga entre as organizações criminosas dos bairros Morro da Liberdade e Praça 14 de Janeiro, ambas na Zona Sul da capital, onde cerca de dez pessoas envolvidas com o tráfico de drogas já foram assassinadas.

“Depois que pegaram o meu filho, eles [os traficantes] mandaram áudios para nossos celulares avisando que a guerra estava só começando. O Everton não tinha ligação com o tráfico de drogas e o vício dele era pago com a venda de trufas. Foi uma crueldade isso que fizeram com o meu filho”, disse abalada a mãe da vítima.

O corpo sem cabeça foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML). O caso será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

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