Manaus (AM) – O feriado religioso da Páscoa foi marcado pela violência na Zona Leste da capital amazonense. A artesã Andreza da Silva Lima, 32, e auxiliar de mecânico Alan Ramos de Souza, 28, o “Mad Max”, foram mortos a tiros na tarde deste domingo (17), após ataque na rua Janaúba, comunidade Valparaíso, bairro Jorge Teixeira. Uma terceira vítima foi levada para o hospital.
Segundo a polícia, as vítimas participavam de uma confraternização. Em determinado momento, homens fortemente armados saíram da comunidade Alta, também no bairro Jorge Teixeira, e seguiram para a festa familiar em duas picapes Amarok, de cor preta, e um veículo de passeio, modelo Prisma, cor branca.
Encapuzados e com jaquetas da Polícia Civil, três homens começaram a efetuar vários tiros contra Alan. Durante o tiroteio, Andreza que foi ao evento deixar uma encomenda de ovos de páscoa, acabou alvejada com um tiro na cabeça.
Já Eduardo Oliveira da Silva e Silva, idade não informada, que passava pelo local, foi alvejado no braço e na perna, ambos lados direito. O mesmo não corre risco de perder a vida.
Os atiradores fugiram em seguida e não foram identificados. As vítimas foram socorridas para o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. Platão Araújo, na mesma zona. Alan e Andreza acabaram não resistindo aos ferimentos.
Alvo
Conforme dados da polícia, Alan era o verdadeiro alvo dos atiradores. Ele foi atingido com 14 tiros, sendo cinco na cabeça, quatro no tórax, três no braço direito, um no pescoço e um no braço esquerdo. A polícia trata o assassinato motivado por briga entre facções criminosas.
Isso porque, Alan já havia sido preso em 2017 com outros dois comparsas por tráfico de drogas na Zona Leste de Manaus. À época da prisão realizada por policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), Alan foi capturado durante uma “reunião do tráfico”, com plano para executar rivais.
Na ação policial, também foram presos Alexsandro Félix de Menezes, 24, conhecido como ‘DD’, então, sobrinho do narcotraficante João Pinto Carioca, o “João Branco”, um dos líderes da facção criminosa Família do Norte (FDN), e Fabrício dos Santos Monteiro, 24, o “Gudão”, proprietário da residência. Com o trio, a polícia apreendeu uma porção de maconha, uma balança de precisão e um revólver calibre 38.
Os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML). A polícia não descarta o crime relacionado com a guerra entre facções criminosas. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) vai investigar os assassinatos.