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Documentos de barco que afundou no Pará continham informações irregulares

O número exato de pessoas que estavam no navio na hora do acidente ainda é incerto. (Foto: Reprodução/Defesa Civil)

Militares da Marinha do Brasil retomaram na manhã desta sexta-feira (25) os trabalhos para tentar trazer à tona o barco Capitão Ribeiro, que naufragou na última terça-feira (21), no Rio Xingu, entre os municípios de Senador José Porfírio e Porto de Moz, no Pará.

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O Navio Patrulha Bocaina, de 47 metros de comprimento e 3 metros de calado, e uma lancha com mergulhadores foram deslocados para o local a fim de auxiliar na operação de buscas e salvamento e nos esforços de reflutuação da embarcação acidentada. Só da Marinha estão sendo empregados cerca de 70 militares nas ações de buscas às vítimas e apoio à segurança naval.

Em nota, o Comando do 4º Distrito Naval informou que os responsáveis pelo barco Capitão Ribeiro cometeram ao menos duas irregularidades antes da embarcação afundar por motivos que ainda estão sendo apurados.

Na documentação que entregou às autoridades navais, ainda em Santarém (PA), o responsável pelo barco informou que havia apenas dois passageiros a bordo. O número exato de pessoas que estavam no navio na hora do acidente ainda é incerto, mas, até a tarde de quinta-feira (24), o número de mortos já chegava a 21, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup). As equipes de salvamento conseguiram resgatar 23 pessoas com vida e pelo menos mais cinco eram dadas como desaparecidas.

O comando também revelou que os responsáveis pelo Capitão Ribeiro tinham informado que viajariam apenas de Santarém a Prainha, um trajeto de cerca de 170 quilômetros. No entanto, a embarcação acabou prosseguindo com destino a Vitória Xingu, a quase 500 quilômetros do local de partida, em desacordo com o Despacho de Saída emitida pela Capitania dos Portos, válido até 20 de outubro.

A Marinha voltou a esclarecer que as autorizações para concessões de linhas hidroviárias não são fornecidas pelas capitanias dos Portos. Segundo a Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon-PA), a embarcação não estava legalizada junto à agência e fazia o transporte de passageiros de forma clandestina.

Fonte: Agencia Brasil