O Egito começou neste sábado (25) luto nacional de três dias pelo massacre ocorrido ontem contra uma mesquita frequentada por sufis, em uma pequena cidade no norte da península do Sinai. Foi o pior atentado terrorista na história recente do país.
O atentado, que ainda não foi reivindicado por nenhum grupo extremista, deixou 235 mortos e centenas de feridos, segundo o governo egípcio. Pela estimativa da prefeitura local, seriam 270 os mortos.
As Forças Armadas do país começaram na madrugada de hoje a bombardear posições terroristas e destruíram veículos utilizados no ataque terrorista, na mesquita Al Rauda, localizada em Bear al Abd, a oeste da cidade de Al Arish, capital da província de Sinai do Norte.
“Como parte da perseguição aos responsáveis por atacar fiéis na mesquita, a aviação teve como alvo terroristas e destruiu veículos que realizaram o ataque”, afirmou, em comunicado, o porta-voz das Forças Armadas, Tamer al Rifai.
Em nota, a União das Tribos do Sinai disse que os terroristas fecharam “as portas da mesquita e mataram todos os que rezavam” e depois, quando chegaram as ambulâncias ao local, “um grupo escondido de terroristas disparou e fugiu”.
Uma fonte de segurança disse à Agência EFE que os atacantes colocaram bombas caseiras em volta da mesquita frequentada por sufis e fizeram as detonações durante a saída dos fiéis da oração de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos.
Após as explosões, os terroristas começaram a disparar contra os fiéis que tentavam fugir da mesquita, relatou a fonte, confirmando que as primeiras ambulâncias que chegaram ao local também foram atacadas pelos extremistas.
Poucas horas depois do atentado, o presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, prometeu, em discurso transmitido pela televisão estatal, que as Forças Armadas e a polícia vingarão “seus filhos” para recuperar a estabilidade. “Vamos responder a esse ato com força brutal”.
Na província do Sinai do Norte, onde vigora desde 2014 o estado de emergência, atua o braço egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico, chamado Wilayat Sina, que reivindicou a maioria dos atentados ocorridos nos últimos anos no país.
Desde dezembro do ano passado, o Egito viveu uma série de atentados contra os cristãos coptas. O país se encontra em estado de emergência desde abril, por causa dos atentados contra duas igrejas coptas no delta do Nilo.
Fonte: Agência Brasil