
Daniel Alves durante partida pela Seleção Brasileira na Copa do Catar 2022 (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
O ex-lateral-direito Daniel Alves, da Seleção Brasileira e do Barcelona, que está preso preventivamente há mais de seis meses, foi indiciado por agressão sexual pela Justiça espanhola. Com a decisão acatada pela Justiça, a promotoria irá apresentar acusações formais ao tribunal, enquanto a defesa apresentará alegações por escrito. Após os trâmites legais, será marcado o início do julgamento.
De acordo com os autos do processo, a juíza Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrumentação 15 da cidade de Catalunha, responsável pela investigação disse ter encontrado evidências de irregularidades praticadas por Daniel Alves, de 40 anos, que alega ter feito sexo consensual com sua acusadora.
O crime de agressão sexual contra uma mulher de 23 anos correu no dia 30 de dezembro de 2022, na casa noturna Discoteca Sutton, em Barcelona. A vítima declara que o brasileiro teria colocado a mão entre suas partes íntimas dentro do banheiro.
Após o surgimento da acusação, no dia 4 de janeiro de 2023, Daniel Alves compareceu na delegacia para prestar esclarecimentos no dia 20, onde negou com veemência o fato inicialmente. O brasileiro foi preso depois do interrogatório e segue detido sem direito a fiança em uma prisão próximo de Barcelona.
Na Espanha, agressão sexual pode levar a penas de prisão de 4 a 15 anos. Entretanto, segundo o laudo de uma perícia psicológica realizada no mês de junho, a mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual apresenta um “transtorno pós-traumático elevado”.
O documento afirma também que “não há indicadores de características ou de personalidade disfuncional ou desadaptativa prévia aos supostos fatos”.