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Esportes

Amazonas fatura 12 medalhas pelos Jogos Escolares da Juventude (JEJ), em Curitiba

O Amazonas faturou 12 medalhas pelos JEJ, em Curitiba (Foto: Divulgação)

A maior edição dos Jogos Escolares da Juventude (JEJ) encerrou em Curitiba (PR), apresentando quatro mil atletas-alunos de todos os estados do Brasil. Pelo evento, disputado na categoria Infantil (12 a 14 anos), o Amazonas faturou 12 medalhas, somando tanto modalidades coletivas quanto individuais. No total, 170 atletas fizeram parte da delegação baré que ocorreu entre os dias 12 e 21 de setembro. Para ir à competição, os participantes receberam apoio do Governo do Amazonas, via Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) e Secretaria de Educação do Estado do Amazonas (Seduc).

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Pelas modalidades coletivas, foram três ouros, sendo Centro Educacional La Salle pelo vôlei masculino, CMPM IV Áurea Braga (Zona Leste) pelo futsal feminino, EE Nossa Senhora do Carmo de Parintins pelo futsal masculino. A EE Padre Seixas de Barreirinha pelo handebol feminino levou bronze.

No individual, foram oito medalhas: ouro por equipe da Luta Olímpica, ouro na Luta Olímpica com Layane Miranda (52Kg), ouro na Luta Olímpica com Karol Batista (62Kg), bronze na Luta Olímpica com Welligton Gama (59Kg), bronze na Luta Olímpica com Eduardo Trovão (72Kg), bronze na natação para Nely Quintino, bronze no Lançamento de Disco com Isaias Levy, além do bronze no Badminton pelo CMPM IV Áurea Braga pela dupla feminina Elainy Santos e Deborah Souza.

Para Welligton Gama, 14, o resultado foi mais que positivo. A missão de se destacar na primeira competição nacional, junto com a responsabilidade de representar bem o Estado, foram ingredientes importantes para o garoto de 14 anos, que levou bronze no individual e ouro no coletivo. Ele conheceu a modalidade há quatro anos, no Centro de Convivência “Padre Pedro Vignolia”, da Cidade Nova, e agora já pensa no JEJ de 2018.

“Eu estava procurando um esporte para fazer, quando descobri a Luta Olímpica no Centro de Convivência. O professor Waldeci me viu lutando e logo me chamou para treinar na Vila Olímpica de Manaus (Dom Pedro). Esperei muito por este momento de ir aos Jogos Escolares. Ano passado, no Jeas, fiquei em segundo lugar e não consegui a classificação. Este ano foi diferente e graças a Deus pude dar orgulho para minha família e todos que acreditaram em mim. Venho de uma família humilde, meu pai é garçom e minha mãe é dona de casa, e poder viajar, conhecer outro estado e competir é algo maravilhoso e que quero para a vida. Ano que vem, vou tentar de tudo para ir na categoria Juvenil”, disse Gama.

Garota de ouro 

Layane Miranda venceu todas as 18 lutas que disputou nos seus dois anos de JEJ (Foto: Divulgação)

Bicampeã na luta olímpica individual, Layane Miranda venceu todas as 18 lutas que disputou nos seus dois anos de participação nos Jogos Escolares da Juventude. Na atual edição dos Jogos, conquistou três medalhas de ouro, no individual (Luta) e por equipes (Luta e Futsal/goleira).

“A semana foi bem corrida. Quarta passada venci as quatro lutas no torneio individual e conquistei o ouro. Quinta descansei e torci para os meninos amazonenses. Sexta venci as cinco lutas no torneio por equipes. Sábado descansei novamente. Domingo o meu pensamento está voltado para o torneio de futsal e tudo foi uma avalanche de informações e sentimentos. Estou muito feliz pelos resultados, me esforcei muito, pois treinava quase todos os dias as duas modalidades”, disse a multiatleta, que ano passado foi a primeira atleta do estado a medalhar.

Técnicos orgulhosos – Comandante da equipe de ouro do vôlei masculino, Silvana Duarte destacou que o pódio foi resultado de um trabalho que iniciou em janeiro deste ano e o título foi conquistado após 3 sets a 0 contra Rondônia. A técnica lembra ainda que em 2016 a equipe ficou em segundo lugar no Jeas, por dois pontos, e o foco para 2017 era entrar para a história. A missão foi mais que cumprida.

“Ano passado, chegamos muito perto do JEJ e este ano conseguimos a classificação, algo maravilhoso. Trabalhamos para o Jeas deste ano quase que 40% da equipe de 2016 e recrutamos novos jogadores, entre eles o Luis Henrique, de 14 anos, que tem dois metros de altura e ajudou muito a equipe como central. Me surpreendeu mesmo. Em todo os jogos ganhamos com um placar bastante favorável, pois entrávamos com muita determinação, foco, e estou extremamente feliz com essa conquista”, disse Duarte.

Outro técnico que estava orgulhoso da equipe era Reinaldo Thompson, que destacou o quinto título do CMPM IV Áurea Braga. A final foi contra a Escola Estadual Maria Leite Marcoski (MT), por 2 a 0. “Somos pentacampeões brasileiro escolar do Futsal Feminino. A base de verdade do Amazonas, e com atletas formadas por nós. Com honestidade e lealdade, vamos continuar preparando nossas meninas. Elas estão de parabéns, pois venceram e superaram todo mundo, e garantiram o Amazonas ano que vem no novo formato da competição”, frisou.

Thompson lembrou ainda que a escola já revelou vários atletas no esporte. “Em 2012, a destaque do time que disputou a final dos Jogos Escolares de Londrina era a ala Micaely Brasil, que foi convocada mais uma vez para a seleção brasileira sub-20. Essa foi a sua 20ª convocação para a seleção. É uma atleta habilidosa, que ainda vai dar muito o que falar”, disse.

Para a professora Lilian Valente, uma das profissionais de Educação Física que acompanhou a delegação, o Amazonas mostrou sua força na competição. “Fomos muito bem. No caso do Futsal Feminino, por exemplo, subimos para a segunda divisão e isso é muito bom para nosso Estado. A Luta Olímpica foi outra que tambem nos deu muito orgulho, conquistando quase que a metade das medalhas e nosso trabalho é para que ano que vem possamos ter um resultado ainda melhor e nossa expectativa, agora, fica por conta do JEJ Juvenil que acontece em Brasília, este ano. O mais importante, entretanto, é frisar a oportunidade que nos foi dada pela Sejel e Seduc que acreditaram nesses meninos, realizando o Jeas e dando condições de viagem para o JEJ. Existem muitas delegações e estudantes que deixam de ir porque não tem apoio e esse, graças a Deus, não é o nosso caso”.

Para o titular da Sejel, Fabricio Lima, todo o investimento na delegação amazonense valeu a pena. “Ir para os Jogos Escolares é uma lembrança para a vida toda, pois não se trata apenas de resultado, uma vez que a medalha é consequência. Um dos principais objetivos do evento é criar oportunidade para esses estudantes-atletas conhecerem cidades e culturas, contribuindo para a inserção social e o fortalecimento da cidadania de todos eles. Para nós, é uma felicidade poder contribuir com este crescimento, principalmente expandindo isso aqueles que muitas vezes não teriam condição financeira para tal. O esporte abre portas, realiza sonhos, eleva como ser humano, por isso tratamos a ida deles com seriedade e prioridade”.

Com informações da assessoria