×

Cultura

Programação cultural movimenta fim de semana em Manaus

Agenda com atividades gratuitas nos espaços administrados pelo Governo do Estado está disponível no Portal da Cultura

Teatro do Claudio Santoro apresenta “Corpo/Sentimento: Bombardeio de 1910”. (Foto: Divulgação)

Manaus (AM) – Exposições, espetáculos de dança, teatro e música, e café regional são destaques na programação deste fim de semana nos espaços culturais administrados pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. As atividades, em sua maioria, têm entrada gratuita mediante apresentação da carteira de vacinação, e agendamento no Portal da Cultura (cultura.am.gov.br/portal/agenda).

Publicidade

Na sexta-feira (17), a partir das 15h, acontece a Mostra Melhores Minutos, no Centro Cultural Palácio da Justiça, na avenida Eduardo Ribeiro, 901, no Centro. A iniciativa destaca trabalhos produzidos em 2020 por produtores de todas as regiões do Brasil e diversos países.

Às 19h, a atriz Carol Santa Ana apresenta o espetáculo “A Mulher que Desaprendeu a Dançar” no Teatro da Instalação (rua Frei José dos Inocentes, no Centro). A produção, em parceria com o Ateliê 23, foi contemplada no edital Prêmio Feliciano Lana, que faz parte das ações emergenciais da Lei Aldir Blanc, e propõe uma reflexão sobre situações da sociedade que as mulheres são submetidas em esferas diversas, como psicológicas, patrimoniais, sexuais e morais. O espetáculo é apresentado também no sábado.

A partir das 20h, o Grupo Experimental de Teatro do Claudio Santoro apresenta “Corpo/Sentimento: Bombardeio de 1910” no Teatro Amazonas. A peça narra a história do dia 8 de outubro de 1910, quando Manaus sofreu bombardeio por tropas federais. O trabalho é desenvolvido por meio da construção corpórea das personagens interpretadas pelos atores e atrizes, que exploram sentimentos com expressões e sonoridades ao demonstrar a realidade do fato histórico.

No sábado (18), às 20h, o Teatro Amazonas recebe o público para o espetáculo de dança “O Sagrado Feminino”, que traz, como plano principal, a mulher negra, consagrando cada momento como processo de evolução e interpretados a partir da dança moderna e neoclássica em conjunto com tambores africanos. Os ingressos estão à venda por R$ 100 (inteira) para plateia e frisas, e R$ 80 (inteira) para 1°, 2° e 3° pavimentos. O espetáculo terá apresentação também no domingo, às 19h.

Visitas – No circuito Largo de São Sebastião, o destaque fica por conta da visita ao Teatro Amazonas, que acontece com grupos de até 25 pessoas, de terça a sábado, das 9h às 17h, com agendamento pelo cultura.am.gov.br. Em 30 minutos, o público tem a oportunidade de conhecer o Salão Nobre do Teatro Amazonas, o Salão de Espetáculos e o Salão Verde – intitulado “Sala de Exposição de Música e Dança” –, a Saleta de Exposição da Cúpula, além da maquete feita com blocos de Lego, uma escultura de bronze do artista francês Adrien Étienne Gaudez e o Camarim de época.

Crianças até 10 anos, pessoas com deficiência e pessoas nascidas no Amazonas, mediante comprovação da naturalidade, têm entrada gratuita. Os demais visitantes pagam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada, para estudantes, pessoas acima de 60 anos, professores, doadores de sangue, militares e acompanhantes de pessoas com deficiência, mediante a apresentação de documentos).

Exposições – A mostra “O Clamor da Mata”, de Pietro Bruno, está em cartaz no Largo de São Sebastião. O artista plástico, contemplado no edital Prêmio Feliciano Lana, parte das ações emergenciais da Lei Aldir Blanc, defende a preservação da cultura indígena, a flora e a fauna amazônicas, ao retratar elementos do cotidiano, tradições indígenas e da Floresta Amazônica.

Na Galeria do Largo, a “Coletiva 20.21”, com curadoria de Cristóvão Coutinho, traz artistas que representam a diversidade de processos criativos de artes visuais, como Chermie Ferreira, Kina Kokama, Rakel Caminha e Tyna Guedes, com “Yapai Waina – Mulheres no Graffiti”; Sebastião Alves, com a instalação/vídeo “Lembranças de Minha Cidade”; Levi Gama, com o mural de desenhos “Boriwi – Mundo dos falecidos”; Marcelo Rosa, com “A Batida do Gueto”; e Marcos Ney, com as séries de desenhos “Sociedade da Dedada” e “Sombras do Rio Negro”.

O equipamento funciona de terça a domingo, das 15h às 20h, e não precisa de agendamento.

O Palácio da Justiça, na avenida Eduardo Ribeiro, conta com exposições de diversas linguagens. As mostras “Caruanas – O foco repousa na força mística”, “Olhares Tumbira”, “Abraçando o Xapono”, “Severiano 90 anos” e “Arquiteotonicas” compõem o circuito da casa.

Situado na avenida Sete de Setembro, 1.546, o Palácio Rio Negro abriga a exposição coletiva “Descubra Manaus”, que reúne 30 fotógrafos com obras que revelam diferentes olhares da capital do Amazonas. A mostra tem uma proposta interativa, e o visitante pode também utilizar o QR code disponível em cada obra para ver a imagem em um ângulo amplo, com a identificação dos locais e dos autores.

Localizados no Centro Histórico de Manaus, os palácios da Justiça e Rio Negro estão abertos para visitas de 45 minutos, das 9h às 17h, de terça a sábado, com agendamento.

Complexo de museus – O Palacete Provincial, na praça Heliodoro Balbi, abre para visitação de terça-feira a sábado, das 9h às 17h, com agendamento pelo Portal da Cultura. No local, o público pode conhecer a Pinacoteca do Estado e os museus de Numismática, Tiradentes, da Imagem e do Som e de Arqueologia. O tempo de permanência em cada etapa é de dez minutos.

Café Criativo – Aos domingos, das 7h às 11h30, o Centro Cultural dos Povos da Amazônia (CCPA), no Distrito Industrial, conta com o “Café Criativo”. O tradicional café da manhã regional, com assinatura da Rota dos Chefs, tem exposições de diferentes segmentos, como artesanato e comercialização de produtos da agricultura orgânica.

Seringal – No afluente do Tarumã-Mirim, na margem esquerda do rio Negro, o Museu do Seringal Vila Paraíso recebe o público das 9h às 15h, de terça a sábado, com entrada a R$ 10, por pessoa. O acesso é feito somente por via fluvial, por meio de embarcações particulares (sem relação com a Secretaria de Estado de Cultura), que saem de hora em hora da Marina do Davi, na Ponta Negra. Cada trecho (ida ou volta) custa R$ 16, por pessoa.

O espaço, com base no igarapé São João, reproduz o cenário de um seringal a partir da infraestrutura do filme “A Selva”. Com duração de 45 minutos, a visita passa pelo trapiche, onde acontecia o desembarque de mercadorias e embarque de cargas de borracha; o casarão, residência do seringalista; e o barracão de aviamento, com artigos manufaturados e industrializados vendidos aos seringueiros.

Os visitantes conhecem no local ainda a capela de Nossa Senhora da Conceição e a casa de banho das mulheres, o “Banho de Yaya”, além da trilha que leva à estrada com as seringueiras, ao tapiri de defumação da borracha, à casa do seringueiro, ao rústico cemitério cenográfico e à casa de farinha.