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Cidades

Procuradoria-Geral da República quer isolamento total no Amazonas

No documento, o governador Wilson Lima (PSC) tem 48 horas para acatar a recomendação ou justificar negativa de lockdown total em Manaus

Com o momento atual, lockdown é alternativa para frear avanço da Covid-19 (Foto: Diário Manauara)

Manaus (AM) – Com avanço dos casos de Covid-19, números de internações e sepultamentos batendo recordes, hospitais lotados e sem oxigênio, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou ao governo do Amazonas nesta sexta-feira (22), medidas de restrição de isolamento social mais severa no estado.

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No documento, o governador Wilson Lima (PSC) tem 48 horas para acatar a recomendação ou justificar negativa de lockdown total em Manaus que virou capital mundial por causa da pandemia de uma nova variante do coronavírus. O sistema de saúde dá sinais de colapso e repete erros da primeira onda no estado.

Segundo a PGR, o enfrentamento da pandemia precisa de bloqueio total, caso contrário, o estado não dará conta de enterrar os mortos. O momento atual é preocupante, agravado por campanhas eleitorais, festas de fim de ano e acessos ao Amazonas.

Para conter e reduzir drasticamente novos casos, é preciso aumentar o período de toque de recolher, com serviços essenciais funcionando sem impacto na economia, até que haja estabilização a ponto que o sistema de saúde volte controlar os atendimentos.

O governador Wilson Lima, que havia anunciado o toque de recolher na última quinta-feira (14), proibindo a circulação de pessoas em vias e espaços públicos, irá realizar uma reunião com donos de supermercados e drogarias neste sábado (23) para decidir sobre o endurecimento das medidas do enfrentamento da Covid-19.

Crise da saúde

Com falta de comando, visão estratégica, logística e sanitária, o sistema de saúde do Amazonas entrou em colapso pela segunda vez desde o início da pandemia do novo coronavírus em março do ano passado, e o comércio precisou fechar mais uma vez.

Em Manaus, os hospitais lotados e sem leitos para internações, protagonizou cenas dramáticas. Com crise sem precedentes, algumas unidades hospitalares ficaram sem oxigênio, levando uma ala inteira de pacientes morrerem asfixiado (sem ar).

Por conta disso, o governo do Amazonas já transferiu 205 pacientes com Covid-19 para outras capitais e Distrito Federal. No início da tarde desta sexta-feira (22), uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou do Aeroporto da Ponta Pelada, na Zona Sul da capital, com mais 17 doentes em situação grave para Belém (PA).

Para piorar a crise que vive Manaus, com o aparecimento da nova variante ainda mais agressiva, os cemitérios explodiram por conta do número de enterros e gerou filas de carros funerários. O governo instalou containers refrigerados enquanto a prefeitura abriu mais covas e ampliou o funcionamento até às 18h.

Situação Epidemiológica da Covid-19

Conforme a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), por meio do Boletim Diário de Covid-19, edição nº 294, foram registrados 3.975 novos casos, totalizando 245.157 casos da doença. Também foram confirmadas 132 mortes, elevando para 6.889 o total de vítimas do vírus.

Leia o documento da PGR:

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