O prefeito de Manaus, Arthur Neto, criticou mais uma vez a falta de segurança na capital amazonense

Na terça-feira (28), a polícia foi acionada após um toque de recolher em uma UBS na Zona Leste de Manaus – (Foto: Alex Pazuello/Semcom)
Manaus – Duas pessoas fortemente armadas entraram, renderam pacientes, servidores e profissionais de saúde, durante um assalto, na manhã desta quinta-feira (30), à Unidade Básica de Saúde (UBS) S1, na comunidade Parque das Nações, Flores, Zona Centro-Sul de Manaus. Os assaltantes tomaram os pertences de quem se encontrava no local, criando um clima de terror.
Ainda na manhã desta quinta-feira, outra pessoa aproveitou um momento de intensa atividade na UBS Josephina Melo, no Jorge Teixeira, zona Leste, para furtar um celular, também criando tumulto no local. Em ambas as situações, a Prefeitura de Manaus já normalizou os atendimentos.
“Quando há um assalto a uma unidade de saúde, o resultado final é ter uma cobertura de assistência básica menor do que quando há o funcionamento pleno, como se espera em uma sociedade civilizada. Apesar dos nossos esforços, não tem sido assim”, reagiu o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, ao ser informado sobre os dois casos. “Quando acontece isso, o reflexo psicológico nesses servidores é incrível, eles não conseguem trabalhar, temem por suas vidas”, reforçou.
Ainda segundo o prefeito, a população não aguenta mais esse quadro de “desgoverno, de descontrole da segurança pública no Amazonas”, considerou, ao relatar um terceiro caso ocorrido na noite de quarta-feira, 29, quando houve um tiroteio nas proximidades de uma UBS e a própria polícia recomendou que as portas fossem fechadas e o serviço suspenso. “A polícia, que pela nossa presunção, deveria encerrar o tiroteio e garantir a segurança das pessoas”, lamentou. “O quadro é insustentável. Supostamente nós teríamos um governador que enfrentaria com mão de ferro, pelo menos foi o que se disse na campanha, esse problema da violência e garantir um estado de normalidade”, finalizou Arthur Neto.

Arthur Neto criticou mais uma vez a falta de segurança na capital – (Foto: Alex Pazuello/Semcom)
Acompanhamento
Por determinação do prefeito, o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, esteve nos dois locais onde houve as ocorrências para acompanhar a situação. “Já está mais calmo, mas as pessoas nos relatam problemas com violência no local e a gente pede o apoio dos órgãos competentes para garantir a segurança pública para que não prejudique o atendimento nas nossas UBS”, disse. “Nesta semana, percebemos um aumento nas ocorrências. Na terça-feira, à noite, na unidade Leonor Brilhante, também na zona Leste, houve uma ameaça de toque de recolher, mas o prefeito, assim que soube, foi ao local e ficou lá até o horário de fechamento, às 21h. Na quarta-feira também houve um tiroteio no conjunto Cidadão 3 e a unidade suspendeu o atendimento mais cedo”, relatou o secretário.
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