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Cidades

Indígenas recebem atendimentos socioassistenciais em aldeia no Tarumã

Caravana da cidadania na aldeia indígena Waikiru. (Foto: Altemar Alcantara/Semcom)

Caravana da cidadania na aldeia indígena Waikiru. (Foto: Altemar Alcantara/Semcom)

Aproximadamente 100 indígenas da aldeia Waikiru e ribeirinhos que vivem à margem do rio Tarumã, localizado no bairro de mesmo nome, na zona Oeste, receberam orientações e atendimentos médicos e socioassistenciais na terceira edição da “Caravana da Cidadania Indígena”, na manhã desta quarta-feira (3).
A caravana foi organizada pelo Departamento de Direitos Humanos (DDH) da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh) e teve o objetivo de levar orientações, informações, encaminhamentos e serviços voltados para o acesso aos programas sociais aos índios do município de Manaus.

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De acordo com o secretário da Semmasdh, Elias Emanuel, todos os dias a secretaria lida com os direitos dos povos indígenas.

“A Prefeitura de Manaus tem uma preocupação especial com esses povos, uma vez que a cidade tem uma população indígena expressiva, sendo a maior no território urbano de todo Brasil. Todos os dias aparecem indígenas que são atendidos pela Semmasdh para viabilizar diversas questões de direitos. Escolhemos essa comunidade, pois, aqui há muitos índios precisando de assistência”, relatou o secretário.

A caravana integrou diversas secretarias municipais que levaram serviços e orientações de toda rede socioassistencial da Prefeitura de Manaus para a comunidade indígena. No total, 315 serviços e orientações foram ofertados aos indígenas e ribeirinhos por meio das Secretarias Municipais de Saúde (Semsa), Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Juventude Esporte e Lazer (Semjel), Limpeza Pública (Semuslp) e Semmasdh.

No Cadastro Único (CadÚnico) foram cadastrados 48 indígenas e ribeirinhos, seis emissões de certidão de nascimento, cinco carteiras de identidade, 13 atendimentos jurídicos, 74 atendimentos médicos, com distribuição de medicamento, 30 coletas de sangue para exame de malária, 14 vacinações, distribuição de 80 mudas frutíferas e ornamentais, 45 atendimentos de embelezamento, sendo corte de cabelo e design de sobrancelhas, além de diversas atividades lúdicas e orientação nutricional.

Segundo o tuxaua da etnia Kokama, André Sateré, ser lembrado pelo poder público é muito gratificante. ”Somente ações como essas disponibilizam para nosso povo diversos serviços em um único lugar, pois o acesso à cidade muitas vezes é difícil. Hoje muitos de nós irá se tornar um cidadão por meio dos documentos expedidos, e ficar despreocupado com a saúde”, declarou o indígena.

Área Urbana

De acordo com a cacique da etnia Mura e também representante do Instituto de Apoio aos Povos Originários da Amazônia (Iapoam), Kamila Prestes, no perímetro urbano da cidade de Manaus moram aproximadamente 30 mil indígenas das etnias Saterê Mauwé, Mura Tikuna, Tukano e Kokama. Estima-se que 10 mil deles não possuam documentação básica.

Para o secretário Elias Emanuel, um planejamento para atender todos esses indígenas será feito pela secretaria para futuras edições da caravana indígena, no intuito de levar cidadania plena a quem está invisível na sociedade.

Maria Lilian, 41, da etnia Tikuna, procurou o serviço do registro civil de nascimento e conseguiu viabilizar a documentação das suas duas filhas.

“Estavam cobrando a certidão de nascimento das minhas filhas na escola e não sabia resolver, com essa caravana consegui solucionar o problema e agora vou tirar a carteira de identidade delas”, disse a indígena.

Com informações da assessoria