Prédio histórico da Igreja dos Remédios é restaurado (Foto: Pablo Brandão)
Manaus (AM) – Um dos mais importantes patrimônios históricos da capital amazonense, a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios foi oficialmente reaberta ao público nesta sexta-feira (27), após passar por uma ampla obra de restauração. A reforma foi viabilizada por emenda da bancada federal do Amazonas, coordenada pelo senador Omar Aziz, e executada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), reforçando o compromisso com a preservação da memória urbana e arquitetônica de Manaus.
“Hoje temos uma relação construtiva com o Iphan, com diálogo e agilidade. Já estamos discutindo a restauração de outras três casas históricas e vamos buscar os recursos com o presidente Lula. É assim que se cuida da memória de um povo: com continuidade e compromisso”, disse.
A importância de preservar o patrimônio antes que se deteriorasse foi um dos pontos centrais do discurso do arcebispo de Manaus, cardeal Dom Leonardo Steiner. Ele lembrou o desabamento do teto da Igreja de São Francisco, em Salvador, no mês de fevereiro, como exemplo do que pode acontecer quando há descuido com estruturas históricas.
“Quando chegou a notícia do desabamento em Salvador, eu pensei: nós nos antecipamos. Conservar um espaço como este não é só conservar o religioso — é preservar a cultura, a memória e um ponto de encontro entre o céu e a terra. Isso é decisivo para a vida em sociedade”, afirmou o cardeal.
“Essa emenda não é minha, é de toda a bancada. Foi uma construção conjunta. E ainda temos muito a fazer — já estamos atentos à situação da Igreja de São Sebastião, que precisa de atenção urgente”, completou Omar.
Além da Igreja dos Remédios, a ação envolve a Catedral Nossa Senhora da Conceição e a Igreja São Sebastião. A reforma compreende pintura, instalação de ar-condicionado, serviços elétricos e hidráulicos, adequações de acessibilidade e conforto ambiental, modernização das instalações prediais/especiais (elétrica, lógica, hidrossanitário, segurança e combate a incêndio) e adequações visando a assegurar a percepção dos atributos e características que expressam os valores reconhecidos no tombamento do bem (como remoção de elementos espúrios como coberturas, padronização de componentes/mobiliário).
