Manaus (AM) – Como resultado do curso de Formação de Moda Indígena, foi realizada, nesta sexta-feira (26), no Palácio Rio Branco, centro histórico, a segunda edição da MI Moda Indígena, com o tema “Experiência Amazônica”. Idealizado pela estilista Seanny Oliveira, do povo Munduruku, o projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo (LPG), do Ministério da Cultura (MinC), e Prefeitura de Manaus, por meio do Fundo Municipal de Cultura (FMC) e Conselho Municipal de Cultura (Concultura).
O projeto contempla indígenas de comunidades de Manaus que desejam ingressar no processo de produção de moda, com conteúdos práticos e teóricos sobre Estilismo, Modelagem, Costura, História da Arte e Empreendedorismo da Moda.
O presidente do FMC/Concultura, Neilo Batista, lembrou que o governo municipal tem planejado e executado ações voltadas às comunidades indígenas desde 2021, com exposições de cultura e artes, entre outras iniciativas. “Manaus tem a maior concentração de povos indígenas do país, e estamos priorizando a cultura originária local como forma de reconhecer seu protagonismo na formação da sociedade e gerar emprego e renda aos artistas e fazedores de cultura”, afirmou.
A mostra é um projeto idealizado e realizado pela empresa amazonense Seanny Artes Produções, criado pela Artista Visual e Estilista Seanny Oliveira Munduruku.
“O projeto abriu portas e chegamos a sua segunda edição, com o importante apoio da política pública cultural dos governos federal e municipal, e nessa temporada, o tema abordado é a Experiência Amazônica: Fauna, Flora e Povos Originários, ressaltando a beleza e a realeza amazônica nas cores verde e dourado, que representam também o clã de povos originários da Amazônia Legal”, explicou a designer Seanny.
A MI Moda Indígena foi a primeira marca de moda indígena e amazônica a estar em uma passarela internacional durante a London Fashion Week, a convite da revista High Profile Magazine em 2023. “E, no ano de 2024, irá expandir as fronteiras por meio da educação, com programas de ensino que qualifiquem indígenas de comunidades a movimentar a economia criativa de suas comunidades por intermédio da moda na cidade de Manaus, dando continuidade ao projeto que começou em novembro de 2021, agora com o apoio do Concultura e da Prefeitura de Manaus”, contou Seanny.
A cocriadora do projeto MI Moda Indígena e atual presidente da marca, Reby Munduruku, falou sobre a importância do apoio por meio do Concultura. “Estamos muito felizes com o apoio do Concultura, que tem aberto as portas para os indígenas desenvolverem suas artes em espaços culturais, tornando a nossa participação mais plural no setor cultural da cidade de Manaus”.
O curso foi ministrado por profissionais da moda, como a estilista Seanny, contando com a participação das estilistas indígenas Mercedes Brandão (Tukano), Natália Dique (Tikuna) e Elisângela Oliveira (Apurinã).
LPG Manaus
A Lei Paulo Gustavo (LPG) Manaus, por meio do Fundo Municipal de Cultura, executou o montante de R$ 17,6 milhões do MinC, que foram repassados aos 318 projetos culturais contemplados, em dezembro de 2023, que estão sendo implementados em 2024.
O FMC/Concultura realizou buscas-ativas informando e formando artistas e fazedores de cultura ribeirinhos, indígenas e periféricos; foram contemplados nos segmentos Demais Linguagens, 242 projetos de artes visuais, teatro e circo, dança, música e literatura, cultura étnica e cultura popular; e nos segmentos do Audiovisual foram 102 projetos contemplados no valor de R$ 11,7 milhões; mais 28 projetos de Bolsas de Incentivo, foram contempladas no valor de R$ 280 mil; o edital Mestres da Cultura Manaus foram premiados no valor de R$ 10 mil cada, 48 mestres fazedores de cultura cujo trabalho é de grande relevância para a cultura local.
*Com informações da assessoria