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Cidades

Centros de Convivência entram no clima de festa junina com arraial virtual

Em tempos de coronavírus, inovar é palavra de honra

Festa junina – Foto: Arquivo/Seas

As tradicionais festas juninas realizadas pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), por meio dos Centros Estaduais de Convivência da Família (CECF) e do Idoso (Ceci), regadas a comidas típicas e danças, não irão ocorrer neste ano como tradicionalmente vinham sendo feitas, com a participação de muitas pessoas. Como ainda estão suspensas as atividades presenciais, visando reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus e a disseminação da Covid-19, a programação nos centros continua sendo virtual.

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Em tempos de coronavírus, inovar é palavra de honra. Foi pensando nisso que os Centros de Convivência do Idoso e da Família prepararam uma programação variada, on-line, com direito até a arraial virtual, com apresentação de danças típicas e concurso de fotos. As festas juninas são vistas como oportunidade de criar vínculos entre os CECFs, um total de sete, e as comunidades nas quais estão situados.

Anualmente, todos eles realizam uma temporada de festas juninas com arraiais e apresentações de danças, quadrilhas, comidas típicas e shows musicais. Trata-se de um projeto do Governo do Amazonas, por meio da Seas, realizado em parceria com a Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar), a Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI) e o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam).

Quem inovou sua programação junina este ano foi o CECF Magdalena Arce Daou, situado na avenida Brasil, bairro Santo Antônio, zona oeste. Trata-se do Arraial Virtual, que vai acontecer no período de 22 à 24 de junho. A iniciativa consiste num concurso de fotos de festas juninas antigas do Magdalena, dentre as quais a mais curtida dará direito a um brinde.

Além disso, no decorrer do mês estão sendo disponibilizadas receitas de comidas típicas; dicas de como confeccionar roupas com tecido de chita; músicas; danças; parlendas, paródias e muito mais. De acordo com a diretora Leila Sampaio, toda a programação está sendo feita pela equipe psicossocial do CECF Magdalena Arce Daou, cujas atividades serão disponibilizadas na página do Facebook da unidade.

O CECF 31 de Março, localizado  no bairro do Japiim, zona sul, também programou um arraial virtual para os idosos, onde todos vão se vestir a caráter e farão vídeos de fotos de dança dessa programação que serão postadas no Facebook do centro. “Nossa ideia é fazer uma live, até o final de junho, da qual todos participem, mas estamos vendo isso junto com os familiares”, disse a diretora Mirleide Freitas.

Segundo a dirigente do CECF 31 de Março, dentro da festa junina está sendo trabalhado o fortalecimento de laços, procurando incluir campanhas como Diga Não  à Violência, Diga Não ao Trabalho Infantil, Respeito aos Idosos. Mirleide disse que a ideia é trabalhar com maior profundidade a relação do vínculo afetivo para que o idoso se divirta, sinta-se mais valorizado e possa ter autonomia nas suas escolhas.

“A gente vai fazer esses vídeos valorizando sempre a experiência do idoso, a maioria dos quais sustenta a casa. Eles deixam de comprar a medicação deles para comprar comida, com isso colocam em risco suas vidas”, sintetizou.

Festa familiar – Anualmente, o Centro Estadual de Convivência do Idoso (Ceci) realiza uma vasta programação junina com os idosos, em sua Praça Central, situado na rua Wilkens de Matos, s/nº, bairro Aparecida, zona sul de Manaus, incluindo danças protagonizadas pelos próprios usuários, como ciranda, carimbó, além dos concursos de Rei e Rainha Caipira. Neste ano, a programação será em família, e a direção do Ceci está incentivando seus usuários, em sua maioria pertencente ao grupo de risco, a realizarem uma festa junina em suas próprias casas.

A diretora do Ceci, Ítala Rodrigues, explica que, por meio das redes sociais, os usuários estão sendo incentivados a promover um “Arraiá em Família”, utilizando roupas das danças de que participaram em anos anteriores e que ainda têm, e a preparar alguns pratos típicos, como milho cozido, mungunzá, bolo de macaxeira ou de milho. Com esse cenário pronto, eles estão fazendo pequenos vídeos de 30 segundos ou fotografias que estão sendo compartilhadas no Facebook do centro de convivência.

“Diante da pandemia, a ideia foi fazer um grande arraial, cada um na sua casa, para que possamos celebrar esse momento”, disse.

Conforme Ítala Rodrigues, o arraial do Ceci é algo de muita importância, uma das festas mais bonitas realizadas no local, com vários tipos de danças das quais os usuários participam durante o ano.

“Como ainda estão em quarentena, eles estão sentindo muita falta, daí termos pensado em fazer dessa forma: cada um na sua casa, vai fazer vídeo ou foto e enviar para a gente compartilhar”, frisou, informando que no dia 17 de junho os funcionários do Ceci fizeram uma quadrilha com respeito ao distanciamento entre pessoas, seguindo o protocolo de segurança e prevenção ao Covid-19.

*Com informações da assessoria