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Em meio à crise no sistema penitenciário, governo faz mudança na administração da Seap

A crise no sistema penitenciário provoucou mudanças na pasta da Seap - foto: Divulgação

A crise no sistema penitenciário provoucou mudanças na pasta da Seap – foto: Divulgação

 

Após o massacre de 64 presos e fuga de 225 presos no dia 1º de janeiro deste ano nas unidades prisionais do Complexo Anísio Jobim (Compaj) e Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), o Governo do Amazonas anunciou mudanças no comando da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). O tenente-coronel da Polícia Militar (PM), Cleitman Rabelo Coelho, assumirá a pasta em substituição ao agente da Polícia Federal (PF), Pedro Florêncio.

O Governo do Estado do Amazonas informou que Pedro Florêncio estava na coordenação da Seap desde outubro de 2015, por recomendação do governador José Melo (Pros).

A crise no sistema prisional registrou a fuga de 225 presos e mortes de 64 durante a rebelião do maior massacre do Estado. A matança no Compaj, com 56 mortos e, outros quatro na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), foi uma retaliação ao fato dos líderes da facção criminosa Família do Norte (FDN) não terem retornado dos presídios federais no fim do ano passado. O pedido feito em outubro pelos presos.

Durante as investigações a polícia identificou sete líderes do massacre, que segundo documentos do Ministério Público Federal (MPF), apontou os líderes em estreita relação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc. Os membros de facção criminosa teriam comprado pistolas, fuzis e submetralhadoras do grupo de guerrilha colombiano.

Diversos relatórios apontaram o risco iminente de rebelião nos presídios de Manaus. Na ocasião, o setor de inteligência da Secretaria de Segurança elaborou um texto que alertava um plano de fuga no regime fechado do Compaj e a presença de oito armas de fogo, armamento que teria entrado na unidade prisional na semana anterior ao Natal por meiod e visitantes e com ajudantes de agentes penitenciários.

A empresa responsável pela administração do presídio, a Umanizzare, por meio de relatórios alertava para o risco de se permitir visitas aos presos no fim do ano passado. O governo estadual autorizou que cada um dos mais de 1,2 mil presos recebesse ao menos um acompanhante no Natal e no Ano Novo.

No dia 27 de dezembro, a empresa pediu providências imediatas da secretaria do governo, porque, no dia 24, os horários de visitas não foram respeitados, o que prejudicou a revista de celas e a contagem de presos. No entanto, o secretário justificou a autorização, dizendo que se tratava de ‘humanização’.

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