Manaus (AM) – Cristina D’Avila Teixeira Rodrigues, 24, suspeita de assassinar o ex-companheiro com um tiro na cabeça, o empresário Paulo Roberto Moraes Teixeira Júnior, 29, foi transferida da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) para o Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), no quilômetro 8 da BR-174, pouco mais de 15h desta terça-feira (9).
Ela deixou em silêncio a especializada acompanhada de dois investigadores após realizar pela manhã o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), para ser apresentada nas próximas horas em audiência de custódia na Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde ficará à disposição da Justiça.
Inquérito policial
Cristina compareceu à DEHS na tarde de segunda-feira (8), para prestar esclarecimentos do crime. Em depoimento, ela alegou que foi até o imóvel do empresário para retirar os pertences, após o fim do relacionamento de um ano e quatro meses. Ela afirmou que houve uma discussão e luta corporal com Paulo Roberto.
Para preservar a integridade física, Cristina disse que pegou uma pistola calibre 380 milímetros para se defender, no entanto, um disparo acidental atingiu a cabeça do empresário que tentou desarmá-la.
O crime aconteceu na tarde de sexta-feira (5), na rua Professora Rita Alves (antiga rua São Bento), no bairro Monte das Oliveiras, na Zona Norte da capital. Paulo Roberto foi levado às pressas para o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Enfermeira Eliameme Rodrigues Mady, no mesmo bairro.
Por conta da gravidade, o empresário foi transferido para o Pronto-Socorro (PS) Dr. João Lúcio, na Zona Leste, onde passou pelos procedimentos cirúrgicos. Apesar dos esforços, a vítima não resistiu ao ferimento por volta das 2h50 de domingo (7).
Durante coletiva de imprensa pela manhã na Delegacia Geral da Polícia Civil, o delegado titular da DEHS, Charles Araújo, informou que Cristina respondeu às perguntas durante o interrogatório e alegou o tiro ter sido acidental. Ela confirmou o fim do relacionamento que mantinha, e que a partilha dos bens seria o motivo da discussão, que resultou em morte.
“Cristina se apresentou à delegacia acompanhada de um advogado e respondeu às perguntas durante o depoimento. Ela também afirmou que arma de fogo apreendida e usada no crime havia comprado, mas não disse a origem. Após prestar os esclarecimentos, ela recebeu voz de prisão por homicídio qualificado”, disse o delegado Charles Araújo.
Veja mais fotos da transferência de Cristina:
O delegado disse que as investigações irão continuar com a reprodução simulada dos fatos, popularmente conhecida como reconstituição de crimes, para comparar com os depoimentos e finalizar o inquérito policial.