Manaus (AM) –O vereador Rodrigo Guedes (PSC) cobrou ao prefeito David Almeida (Avante), durante a sessão plenária desta segunda-feira (23), o afastamento do vice-presidente de habitação do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), Renato Queiroz, por um possível envolvimento com o caso do sorteio de apartamentos do Residencial Manauara II, na Zona Norte, a servidores comissionados lotados no órgão e na Prefeitura de Manaus, e parentes por afinidade do gestor municipal.
O parlamentar pediu o afastamento de Queiroz, por meio de uma indicação à Prefeitura e, por meio de requerimento, pediu a convocação destes beneficiados para esclarecimentos. Ainda durante este processo, o vereador encaminhará uma representação à Ouvidoria da Caixa Econômica Federal e à Controladoria Geral da União. Guedes destacou que os servidores contemplados no sorteio foram exonerados, mas que a punição deve alcançar também os responsáveis pelo processo irregular.
“Fomos objeto de uma matéria no Jornal Nacional e, só após essa, a Prefeitura de Manaus exonerou estes servidores. Quando a denúncia veio à tona na imprensa local a Prefeitura se limitou a emitir uma nota responsabilizando a Caixa Econômica Federal. Aí temos o primeiro contraponto de informações. Primeiro a Prefeitura disse que não tem nenhuma responsabilidade, que era tudo responsabilidade da Caixa, e depois da repercussão na mídia nacional a Prefeitura responsabiliza as servidoras, que são parentes por afinidade do prefeito David Almeida. Uma imensa coincidência. Mas quem permitiu que isso acontecesse? Quem conduziu o processo? Não há um órgão, uma subsecretaria que cuida especialmente disso?”, disse.
O parlamentar destacou os discursos controversos apresentados pela Prefeitura de Manaus, após a divulgação da denúncia. Conforme explicou, a coincidência de haver nomes ligados ao Executivo municipal deve ser investigada, pois esse tipo de escândalo desmoraliza a administração pública.
“Ou o prefeito está sendo conivente, ou está admitindo incompetência. Quer dizer que qualquer um frauda o sistema? Qualquer informação declarada não passa por um filtro para verificar a veracidade? As servidoras não tinham acesso ao sistema interno, apenas ao cadastro, o que qualquer cidadão tem. E por coincidência elas, que são parentes por afinidade do prefeito foram sorteadas. Todo o processo está sendo muito suspeito e controverso. Nós precisamos investigar isso, o prefeito precisaria imediatamente afastar quem permitiu que isso acontecesse. Quero saber o que aconteceu neste processo, que está eivado de vício e suspeita”, explicou o vereador.
*Com informações da assessoria