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Política

Temer parabeniza campanha de ONGs contra armas nucleares por Nobel da Paz

O Tratado sobre Proibição de Armas Nucleares foi assinado na ONU por vários chefes e ministros de Estado ONU/Kim Haughton

O presidente Michel Temer parabenizou a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares, uma associação de organizações não governamentais de 101 países, pela premiação do Nobel da Paz ocorrida hoje (6). “O prêmio é justo reconhecimento por seus esforços incansáveis em favor de um mundo livre de armas nucleares”, disse o presidente, em vídeo divulgado nas redes sociais nesta tarde.

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Temer citou ainda o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares como um dos resultados alcançados em prol de um mundo sem esse tipo de ameaça. Temer assinou o tratado no dia 20 de setembro. O acordo impede que os Estados-Parte desenvolvam, testem, produzam, adquiram, tenham ou estoquem armas nucleares ou qualquer outro dispositivo nuclear explosivo.

“O tratado preenche lacuna histórica. As armas nucleares eram os únicos armamentos de destruição em massa ainda não proibidos pelo direito internacional. […] Estamos falando de armas que causam devastação de maneira indiscriminada. Que põem em risco a paz, a segurança, a saúde humana, o meio ambiente em escala global”, disse o presidente.

Ele destacou ainda o “compromisso histórico” do Brasil com a erradicação das armas nucleares. “Além de todos os compromissos internacionais que assumimos, inserimos em nossa própria Constituição a vedação do uso de tecnologia nuclear para fins não pacíficos. É com esse compromisso, é com essas credenciais, que nossa diplomacia esteve à frente das negociações do Tratado sobre a Proibição das Armas Nucleares”.

O tratado foi assinado por 122 país, mas não foi assinado por potências nucleares como Rússia, Estados Unidos e Coreia do Norte. Esses dois últimos têm chamado atenção do mundocom ameaças de parte a parte envolvendo o teste de armas nucleares.

Também no vídeo, o presidente brasileiro fez um apelo aos países que ainda não aderiram ao tratado. “Que os países que ainda não se associaram ao tratado possam fazê-lo no mais breve prazo. Que as potências nucleares possam assumir novos compromissos de desarmamento. Esse é o caminho para um mundo mais seguro, para a paz duradoura”.

Fonte: Agência Brasil