Manaus (AM) – O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) repudiou, nesta quarta-feira, 16, o corte de emendas parlamentares por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após a atuação de Omar Aziz (PSD) e de Eduardo Braga (MDB) na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19 no Senado.
“O que me traz à tribuna nesse pequeno expediente é a matéria publicada no site UOL, onde foi espalhado Brasil afora de que houve uma reação do governo federal por conta da reação do Senador Omar Aziz (PSD) e do Senador Eduardo Braga (MDB) na CPI em favor de municípios amazonenses”, lamentou o deputado em discurso na Assembleia do Amazonas.
Para o parlamentar, o “contra-ataque” do governo federal não estão punindo os senadores, mas punindo o povo dos municípios.
“Fico perplexo com isso, porque cortar a emenda de senadores para municípios significa cortar acesso da população desses municípios em favor do bem-estar da coletividade. Isso é muito ruim”, disse.
O líder do PSB na Casa Legislativa ainda disse que o corte das emendas é uma prática de “politicagem” por parte de Jair Bolsonaro.
“Política é uma coisa muito bonita, mas esse tipo de política, que não chamo de política, chamo de politicagem, e é muito feio. Que culpa tem o povo de Parintins por conta de uma posição adotada por este ou aquele senador? Nada! Se o senador apresentou uma emenda e esta foi aprovada e está no orçamento ela deve sim ser executada, porque senão quem perde é o povo. Quem perde é a democracia”, afirmou.
Serafim prestou solidariedade aos senadores Omar Aziz e Eduardo Braga e reafirmou que eles têm o direito de defender seus posicionamentos políticos.
“Isto é um absurdo e quero daqui repudiar a atitude do governo federal e me solidarizar com os dois senadores. Todos sabem que nós não temos vínculos políticos e nem eleitorais, mas não é correto que a população do Amazonas pague por algo que é legítimo. O senador foi eleito. Ele tem mandato e tem direito a defender a sua posição, gostemos ou não delas. Agora, retaliar o povo do estado por conta da postura, dentro dos limites da democracia dos dois senadores não é correto. Fica, portanto aqui, o meu repúdio ao governo federal”, concluiu.