Manaus – A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) elegeu, em sessão ordinária nesta quinta-feira (03), a nova mesa diretora da casa para o biênio 2021/2022. A nova mesa diretora da Aleam terá como presidente o deputado Roberto Cidade (PV) e como vice-presidente o deputado Josué Neto (PRTB), que é o atual presidente da casa. A chapa foi eleita por 16 votos a 8.
A eleição estava marcada para o dia 17 de dezembro, mas foi adiantada por meio da aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para alterar a data de votação.
A PEC nº5 foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em três minutos na manhã desta quinta-feira. As deputadas Alessandra Campêlo (MDB), que estava sendo apontada como favorita a assumir a presidência da Aleam, e Joana Darc (PL) chamaram a manobra de “golpe” que tem como objetivo afastar Wilson Lima (PSC) do governo do Estado.
“Está sendo feito um golpe à Constituição do estado. Algo orquestrado por um grupo político que está agindo para cassar o governador ”, afirmou na tribuna a deputada Alessandra.
A deputada Alessandra Campêlo que apontou inúmeras quebras de protocolo na sessão disse que vai a justiça para anular a votação.
Vira a casaca
Roberto Cidade eleito para ser presidente da Assembleia Legislativa fazia parte da base de apoio ao governo de Wilson Lima, no entanto, ao ser barrado pelo governador para a votação na ALE, o deputado se uniu a oposição do governador.
A deputada Joana Darc chamou Cidade de ‘traíra’ e o acusou de tentar comprar votos. “Vossa excelência conseguiu enganar a tudo e a todos”, declarou Joana sobre Cidade. “E hoje está traindo os seus colegas, está traindo as pessoas com quem ele se comprometeu. Aqui não se trata mais de eleição, aqui se trata de caráter e dignidade”, completou a deputada.
A deputada disse ainda que Roberto Cidade só defende seus interesses e que o “deputado Roberto cidade foi atrás de comprar o voto dos colegas deputados estaduais e eu digo valor, porque ele não chegou a falar comigo, mas aqui todo mundo fica sabendo das coisas. O voto era R$ 200 mil reais, era R$ 200 mil reais.”
Joana Darc afirmou ainda que apesar de ser membro da CCJ não foi convidada a participar da reunião que aprovou a PEC e permitiu a eleição relâmpago de Cidade.