
Senador Omar Aziz (Foto: Divulgação)
Brasília (DF) – Após o aval do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os senadores da oposição devem instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do assédio eleitoral. A CPI pode acontecer logo após a conclusão das eleições presidenciais.
Os trabalhos da comissão irão apurar denúncias de que empresário e agentes públicos estão ameaçando trabalhadores com a perda do emprego caso não votem no candidato à reeleição a presidente Jair Bolsonaro (PL).
O presidente do Senado deu apoio ao colegiado e cogitou ler em breve o requerimento com pedido de instalação.
Bancada Amazonense
Da bancada amazonense, o senador Omar Aziz (PSD) foi o único do Amazonas a assinar o documento que pede a instalação do colegiado. Reeleito, Aziz teve apoio do candidato a presidente Lula da Silva (PT) na sua campanha.
Nesta legislatura, o parlamentar presidiu a CPI da Covid quando se tornou um crítico do governo Bolsonaro pela falta de ações durante a pandemia da doença. Eduardo Braga (MDB), candidato ao governo do estado, e Plínio Valério (PSDB) não assinaram o documento.
O senador mineiro Alexandre Silveira (PSD), autor da proposta, informou que o requerimento para instalação já tem 28 assinaturas, uma a mais do que o necessário.
“O objetivo da CPI é apurar denúncias de assédio eleitoral por parte de empresários, gerentes de empresas e até mesmo de prefeitos municipais que ameaçam trabalhadores e trabalhadoras, exigindo ou induzindo a que votem no presidente Jair Bolsonaro, ou ainda oferecendo prêmios ou recompensas para quem assim o fizer”.
Silveira disse ainda que o assédio configura, em tese, a prática de crimes previstos no Código Eleitoral (Lei 4.737, de 1965).