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Política

Instituto aponta alta de 46% em assassinatos no governo Braga

O atlas é um portal que organiza e disponibiliza informações e publicações do Ipea sobre a violência no Brasil

Senador Eduardo Braga (Foto: Divulgação)

Manaus (AM) – Um levantamento realizado nos indicadores do Atlas da Violência apontou que o governo do senador Eduardo Braga, no Amazonas (2003-2010), registrou um aumento de 46,6% na taxa de assassinatos a cada 100 mil habitantes, considerando os dados analisados até 2009. Em abril de 2010, Braga deixou o cargo de governador para concorrer ao Senado e a gestão dele foi continuada por seu vice, Omar Aziz (PSD/AM).

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O atlas é um portal que organiza e disponibiliza informações e publicações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a violência no Brasil, elaboradas em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O aumento da violência no Governo Braga ocorreu no mesmo período em que ele criou a Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai), vinculada à Secretaria de Segurança Pública (SSP/AM).

No primeiro ano de Braga no governo, dezembro de 2003, a taxa de assassinatos, no Amazonas, era de 18,41 para cada 100 mil pessoas, de acordo com o Atlas da Violência. No ano seguinte, o índice reduziu para 16,97, mas apresentou aumento em 2005, com taxa de 18,53.

Em 2006, o indicador mostrou nova ampliação para 21,11 e o índice se manteve, em 2007, com 21,10. Em 2008, a taxa de mortes violentas sofreu um novo acúmulo de 24,84 e finalizou 2009 com uma taxa de 26,99 mortes para cada 100 mil pessoas no Estado.

A pesquisa do Atlas da Violência analisa “mortes violentas intencionais” e corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal e morte decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora de serviço.

Segundo o Ipea, o estudo permite fornecer suporte técnico e institucional às ações do governo para a formulação e reformulação de políticas públicas e programas de desenvolvimento.

De 2003 a 2006, primeiro mandato de Braga, o principal desafio da segurança pública no Amazonas eram as chamadas “galeras”, termo dado às gangues de ruas, em sua maioria, formada por jovens com idade entre 16 e 29 anos que praticavam atos infracionais e crimes.