Coari (AM) – O ex-prefeito de Coari, Raimundo Nonato Magalhães, voltou a ser alvo do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por suspeitas de fraude e improbidade administrativa em contratações para necessidades da prefeitura. Dessa vez Raimundo Magalhães é investigado por ter contratado durante seu mandato, empresa de viagem a preços ‘astronômicos’.
Ainda em setembro deste ano, o MP já havia instaurado um Inquérito Civil (IC) buscando investigar se houve irregularidades nas notas de empenho emitidas pelo ex-prefeito ao Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM). O MP investigava a veracidade dos documentos levando em consideração denúncias de má conduta e irregularidades do ex-prefeito na emissão dos documetos.
Em novo inquérito, o promotor de justiça e relator da peça, Thiago de Melo Freire, levou em conta a Noticia de Fato nº 244.2020.000047, que divulgou a prática de possíveis irregularidades na contratação pelo ex-prefeito Raimundo Nonato de Araújo Magalhães, da empresa VF Pinto e Cia Ltda-ME, atos que podem estar eivados de improbidade administrativa, bem como configurarem condutas criminais.
“O presente Inquérito Civil nº 244.2020.000047, a fim de apurar contratação supostamente ilegal da empresa VF Pinto e Cia Ltda-ME, a qual teria recebido valores astronômicos da Prefeitura Municipal, incompatíveis com a sua estrutura financeira”, declara em peça.
O prefeito
Segundo colocado em eleições de 2014, Magalhães ficou a frente da prefeitura de abril de 2015 até dezembro de 2016. Ele assumiu a gestão municipal após o prefeito Adail Pinheiro ter sido preso por suspeita de chefiar uma rede exploração sexual de crianças e o vice-prefeito renunciar.
Após o fim do seu mandato, Magalhães não foi mais encontrado e não prestou esclarecimentos à justiça sobre o processo. Caso não se apresente, o ex-prefeito pode ter a prisão temporária convertida em preventiva, quando não há prazo para soltura.
No ano de 2016, Magalhães disputou a prefeitura e ficou em segundo lugar com 26,30%. Adail Filho foi eleito com 54,97% dos votos.
Veja documentos