Manaus (AM) – A poucos dias do segundo turno das Eleições 2022, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), convocou uma coletiva de imprensa para refutar as acusações divulgadas em um dossiê publicado pelo site Metrópoles, no último dia 22 de outubro, que aponta um suposto acordo entre o chefe do executivo municipal e o vice-prefeito, Marcos Rotta, com a facção Comando Vermelho (CV), em troca de votos.
Aos jornalistas, o prefeito chamou o documento de “ilegal” e demonstrou 34 pontos, que segundo ele, são inconsistentes. O prefeito apresentou, inclusive áudios, em que supostamente, estaria conversando com membros do tráfico.
As declarações do prefeito ocorrem em poucos mais de três dias das eleições do segundo, situação que segundo o próprio prefeita, são propícias para esse tipo de acontecimento. Almeida apoio Wilson Lima (União) candidato que tem como adversário Eduardo Braga (MDB).
“É fácil se defender quando a acusação é mentirosa”, disse o prefeito que reproduziu duas vezes áudio atribuído a ele. “Não é minha voz”. O secretário municipal de Segurança Pública, Sérgio Fontes, disse que o áudio será periciado.
David Almeida disse que foram encontradas mais de 30 inconsistências e que o documento é uma fraude, vazado às vésperas da eleição, e que vai tomar providências para identificar e responsabilizar criminalmente quem produziu e compartilhou. O prefeito classificou o documento como “dossiê”, pois emite juízo de valor.
De acordo com Almeida seu nome e o do vice-prefeito Marcos Rotta (Republicanos) é citado na página 2 e 62 de um “documento que não diz nada e leva a lugar nenhum. Só “encheção de linguiça”, para constranger autoridades. Uma conversa de criminosos, um dossiê feito por criminosos e de forma criminosa vazado”.
David prometeu processar mais de 700 pessoas que compartilharam o documento em redes sociais. “Vou processar políticos, site, blogs e meios de comunicação que se utilizam disso aqui. Isso aqui não tem base alguma”, afirmou. “Tem gente que se aproveita, fazendo gracinha política”.