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Política

‘Apagão’ no sistema: Serafim diz que Sinetram não pode vender serviços

Durante discurso na tribuna, o parlamentar ressaltou que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas não é uma empresa

Serafim Corrêa (Foto: Marcelo Araújo/Ascom)

Manaus (AM) – O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) repudiou, nesta terça-feira (21), a “distorção” no Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas), que atua há décadas como empresa de serviços de cartões de passagem nos ônibus do transporte público de Manaus. Desde o último dia 10 de junho, o software responsável pela validação da bilhetagem encontra-se em “atualização”, o que vem prejudicando os usuários.

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“O Sinetram é um sindicato patronal. Não é uma empresa, mas ele age como empresa há décadas. Quando fui prefeito de Manaus [2005-2009], tentei desfazer isso. Desfiz, para que o Sinetram não operasse como empresa, mas, no momento seguinte, acharam por meio alterar todo o trâmite. Hoje, o Sinetram, por um conflito resistente entre a empresa de informática e ele, está mudando o sistema, e esse sistema está dando pane há mais ou menos uma semana. Quem está sofrendo é a população”, explicou Serafim.

Para o líder do PSB na Assembleia do Amazonas, o “apagão” na bilhetagem eletrônica de Manaus está ligado diretamente à atuação equivocada do Sinetram, que sendo sindicato, não deveria vender serviços e produtos.

“É necessário que as empresas do transporte coletivo, que compõem o sistema e são representadas pelo Sinetram, ainda que de forma à margem da lei, regularizem isso, porque o sindicato é órgão de defesa e de interesses daquela categoria. Não é uma empresa e não pode vender serviço e produto. Essa é uma distorção que o nosso sistema tem”, disse.

“Torço para que isso seja corrigido, mas o que me interessa hoje é a prestação de serviço. E a prestação de serviço está muito ruim, principalmente nos últimos sete dias. Quem sofre com isso é principalmente a população mais carente que usa ônibus e isso merece, desta tribuna, o meu repúdio”, concluiu.