
Tia e sobrinho foram encontrados despidos com cabeças esmagadas (Foto: Lucas Pereira/DM)
Manaus/AM – A aposentada Arlete Pinheiro de Araújo, de 70 anos, e o sobrinho dela, o vendedor Alexsandro Mateus Araújo de Lima, de 31 anos, foram encontrados mortos na noite desta terça-feira (4), com as cabeças esmagadas na casa onde moravam, situada na Rua 10, conjunto Hiléia, bairro Redenção, Zona Centro-Oeste de Manaus. A informação foi repassada pelo delegado Abrahão Serruya, plantonista da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

Corpo da idosa sendo removido pela equipe do IML (Foto: Lucas Pereira/DM)
De acordo com o delegado, o imóvel não apresentava sinais de arrombamento. As vítimas foram achadas despidas e com as cabeças esmagadas na parede e chão, em dois banheiros distintos da casa. Em um dos banheiros, onde estava Alexsandro, havia preservativo usado.
“Ainda é cedo apontar quem cometeu o crime. As informações preliminares é que o namorado, ou algum conhecido de Alexandro, tenha praticado o crime. No local, alguns pertences não foram encontrados. Uma caixa que continha relógios estava vazia. Vamos solicitar imagens de câmeras de segurança de casas vizinhas para identificar a autoria”, explicou o delegado Abrahão Serruya.

Corpo de Alexsandro sendo removido para o IML (Foto: Lucas Pereira/DM)
O tenente Carlos Felipe, da 7ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), disse que um amigo de Alexsandro entrou no imóvel por volta das 18h, após a vítima faltar dois dias de trabalho sem comunicar, não atender o telefone e deixar de compartilhar mensagens nas redes sociais.
“Esse amigo relatou que pulou o muro e encontrou os corpos. Alexandro estava com uma corda no pescoço enquanto a idosa foi achada suja de fezes. Tia e sobrinho estavam nus”, disse o tenente Carlos Felipe.
A irmã de Alexandro e sobrinha da idosa, Marizete Araújo de Lima, de 46 anos, disse que recebeu uma ligação telefônica, que informava grande movimentação de polícia na casa.
“Até então eu não sei quem cometeu os crimes. Minha tia e meu irmão não faziam mal para ninguém. Essa já é a segunda tragédia no local. Há dez anos, o meu avô foi morto por estrangulamento dentro da casa, durante uma tentativa de assalto. Estou arrasada”, declarou.
Questionada sobre a vida sexual de Alexandro, Marizete confirmou que o irmão era homossexual, mas disse desconhecer a rotina da vítima.
A DEHS trabalha com o crime de latrocínio (roubo seguido de morte). Os corpos de tia e sobrinho foram removidos ao Instituto Médico Legal (IML), na Zona Norte da capital.