Barreirinha – Um homem suspeito de estuprar e matar a própria enteada, uma criança de um e cinco meses, na comunidade Jabutituba, no rio Andirá, situado no município de Barreirinha (a 331 quilômetros de Manaus), causou fúria na população na noite desse domingo (20). Após a prisão, os manifestantes tentaram a 42ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) para linchá-lo.
Por conta do protesto, policiais civis da unidade policial reagiram com tiros contra as pessoas e solicitaram reforços da Polícia Militar. Durante o confronto, cinco manifestantes foram baleados e socorridos até o Hospital Coriolano Lindoso Cidade.
No entanto, Otávio Gabriel de Souza Lopes, 20, alvejado com um tiro no pescoço, e Roniel Viana de Carvalho, 26, atingido na cabeça, que ainda chegou a ser transferido para o hospital de Parintins (a 369 quilômetros da capital), não resistiram aos ferimentos.
Outras três vítimas passaram por cirurgias e permaneceram internados na unidade hospitalar da cidade. Dois deles foram baleados no rosto e outro foi ferido na perna. Revoltados, os populares atearam fogo em viaturas policiais e depredaram a unidade policial.
Durante a tentativa de invasão, quatro presos, inclusive, o autor do estupro, foram transferidos para a 3ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Parintins (a 369 quilômetros da capital). O suspeito de matar a enteada tinha sido preso na tarde de domingo, na comunidade Terra Preta do Limão.
Para conter os ânimos, foram enviados policiais militares da Força Tática, além de nove de Parintins e cinco de Boa vista do Ramos (município a 271 quilômetros da capital amazonense). Pela manhã desta segunda-feira (21), a o cenário era de destruição em Barreirinha.