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Polícia

Operação: ‘Carlinhos Panda’ e comparsa são presos em Manaus

A prisão da dupla é resultado das investigações relacionados aos assassinatos na zona centro-oeste da capital

Operação: ‘Carlinhos Panda’ e comparsa são presos em Manaus

Ação policial foi deflagrada pela DEHS (Fotos: Divulgação)

Manaus (AM)O traficante de drogas, Carlos Alberto Soares dos Reis, o “Carlinhos Panda”, também conhecido como “Carlinhos do Alvorada”, foi preso durante uma operação policial na sexta-feira (12), por volta das 10h40, na rua Conde de Sergimirim, no bairro Parque Laranjeiras, na zona centro-sul da capital amazonense.

Também foi preso na mesma ação, Marcos Eduardo dos Anjos Froes, o “Dudu Dembelê”. Ele estava em posse de uma arma de fogo sem registro e seria pistoleiro particular do traficante. Ambos não ofereceram resistência à prisão coordenada pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros (DEHS).

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A operação policial resultou na apreensão de: uma pistola encontrada com Marcos Eduardo, dois revólveres calibre 38, além de 17 munições de diferentes calibres, 30 estojos de munições e três celulares, que serão verificados se há possíveis conexões com outras atividades criminosas da dupla.

Carlos Alberto e Marcos Eduardo foram conduzidos à DEHS para os procedimentos cabíveis. Eles passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição da Justiça no sistema prisional.

Investigação

A prisão da dupla é resultado das investigações relacionados aos assassinatos na zona centro-oeste da capital. Carlos Alberto é atualmente associado ao Comando Vermelho (CV) do Rio de Janeiro e é considerado um indivíduo perigoso devido ao fato de ter trocado tiros com policiais em Manaus e ter sido acusado de vários outros crimes., inclusive, de matar a tiros a própria namorada, Bruna Freitas Rodrigues, 23, que era recepcionista no restaurante Barollo, ambiente de luxo situado na rua Rio Ituxi, bairro Nossa Sra. das Graças, zona centro-sul de Manaus.

A jovem foi executada com vários tiros na madrugada do dia 21 de maio de 2018, rua Heisei, no conjunto Colônia Japonesa, bairro Parque 10 de Novembro, zona centro-sul da cidade. O corpo de Bruna foi encontrado por volta das 5h30, por moradores.

O assassinato de Bruna estaria ligado por conta da disputa do tráfico de drogas e queima de arquivo. À época, Carlos Alberto fazia parte da facção criminosa Família do Norte (FDN), e era um dos homens de confiança dos narcotraficantes João Pinto Carioca, conhecido como “João Branco”, e José Roberto Fernandes, o “Zé Roberto da Compensa”.

Considerado “sanguinário”, Carlos Alberto achou que Bruna estava lhe traindo. Isso por que, a prima da namorada, Fernanda, passou a namorar um primo do rival Alexsandro Oliveira dos Santos, o “Sandrinho”, do CV, e adveio que as duas estariam repassando informações sobre suas atividades criminosas pelo comando do tráfico no bairro Alvorada (1, 2 e 3) e vizinhanças como Lírio do Vale e Nova Esperança.

Na véspera de sua morte, Bruna saiu de casa dirigindo o próprio carro, um Celta, de cor prata e placas NOW 5987, e depois se juntou ao namorado Carlos Alberto e seguranças na casa noturna “Forró Du Chefe”, na rua Abílio Alencar, no bairro Alvorada.

Bruna Freitas Rodrigues, 23, foi morta com seis tiros (Fotos: Divulgação)

Após a festa, o traficante e os capangas Frednilson Souza Ribeiro, vulgo “Lágrima”, Matheuzinho e Danilo são surpreendidos a tiros por rivais em frente à casa de forró. Bruna sai correndo em meio ao tiroteio e se joga embaixo de carro. Na manhã seguinte, a recepcionista foi encontrada morta com quatro tiros à queima-roupa nas costas e dois no rosto.

No mesmo dia, o carro da vítima foi encontrado crivado de balas na avenida Vicente Reis, no bairro de São Jorge, na zona oeste da capital. Época do crime, Bruna deixou uma filha de cinco anos.

A polícia ainda não tem solução para o caso, mas investigações apontam que Bruna morreu por saber demais. Na madrugada do confronto, Carlos Alberto desconfiou que Bruna tinha planejado a sua morte. Ele teria se aproveitado do tiroteio, sequestrado a namorada e ordenado que o pistoleiro dele, “Lágrima”, executasse Bruna.