
Wallemberg Vieira Belo, de 31 anos, foi executado com 22 tiros (Foto: Eriane Ribeiro/Diário Manauara)
Manaus – O pedreiro Wallemberg Vieira Bello, de 31 anos, foi executado com vários tiros na manhã desta quinta-feira (13), no Beco da Paz com a Rua Ribeiro Couto (antiga Natal), bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus.
Segundo relatos de testemunhas, Wallemberg havia saído de casa para comprar e quando retornava foi surpreendido por sete homens armados. Ele foi atingido com 22 tiros de pistolas calibre ponto 40 e 380 milímetros, sendo a maioria na cabeça. Toda a ação foi gravada pelos criminosos.

O pedreiro pode ter sido morto em decorrência de brigas entre facções (Foto: Eriane Ribeiro/Diário Manauara)
Após a execução do pedreiro, os criminosos ainda picharam as paredes das casas com a sigla “CV” da facção criminosa Comando Vermelho. O bairro Compensa é considerado berço da Família do Norte, apontada como terceira organização criminosa do país.
O local foi isolado por policiais militares da 8ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom). Nenhum suspeito do crime foi preso com característica de execução em decorrência da disputa por território entre as facções criminosas.
De acordo com o delegado Adriano Félix, titular do 8º Distrito Integrado de Polícia (DIP), os criminosos entraram no beco com intuito de executar Wallemberg que tinha envolvimento com o tráfico de drogas e fazia parte de uma organização rival.
“Informações colhidas são de que os criminosos vieram ao local com o objetivo de executar a vítima que já tinha passagens por homicídio e roubo de celulares. O crime foi em decorrência de brigas entre facções criminosas na capital. Agora a polícia vai investigar no intuito de identificar os autores desse crime”, informou o delegado Adriano Félix.

Wallemberg já tinha passagens por homicídio e roubo (Foto: Reprodução)
A mãe da vítima, Francisca das Chagas Vieira, de 55 anos, esteve no local após uma vizinha avisar sobre a morte. Segundo ela, o filho era usuário de drogas desde os 12 anos, e não tinha problemas com dívidas do tráfico.
“O meu filho tinha ido comprar e minutos depois eu fiquei sabendo da notícia. Eu não consigo acreditar que fizeram isso. Ele era usuário de drogas, mas não estava devendo o tráfico. Eu sempre pedi que ele deixasse de conversa com pessoas erradas. Infelizmente, essa guerra das facções vai matar muitas pessoas, inclusive inocentes”, disse.

O corpo da vítima foi removido ao IML (Foto: Eriane Ribeiro/Diário Manauara)
Após os trabalhos dos peritos criminais do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), o corpo de Wallemberg foi removido ao Instituto Médico Legal (IML). O caso será investigado pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
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