O médico peruano Heinserg Walter Utrilla Mego, 45, que atua em hospitais de municípios do Amazonas, e a amante dele, a jovem da mesma nacionalidade, Gisela Fernández Tarrillo, 24, mãe de uma bebê de sete meses, foram presos por estupro de vulnerável. O casal foi apresentado para imprensa na manhã de sexta-feira (1º), no prédio da Delegacia Geral, bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste de Manaus.
De acordo com a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), o casal foi interceptado por policiais militares da 16ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), na tarde de quinta-feira (31), por volta das 14h30, em um quarto do Chateau Motel, situado na Rua São José, bairro Corado, Zona Leste da capital. A abordagem policial aconteceu após uma camareira ouvir choros de uma criança.
Em depoimento, os funcionários relataram que o casal chegou ao motel em um carro e solicitou uma suíte. Eles argumentaram que não viram a jovem e a criança no interior do veículo, pois elas possivelmente estariam no banco de trás do automóvel. Segundo a autoridade policial, uma funcionária do lugar ouviu um choro perturbador de um bebê, vindo de um dos quartos. Diante disso, acionou os policiais militares, por meio do número 190.
“No local indicado os policiais militares encontraram o médico, a jovem e a filha dela. Na ocasião, constataram que a bebê estava nua. Os policiais então pediram para uma camareira verificar a genitália da bebê, quando foi constatada certa vermelhidão na região, com indícios de estupro. Em seguida o médico e a mãe da vítima, que se relacionavam há cerca de dez anos, foram levados até a Depca e a bebê encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), para exame de corpo de delito”, explicou Juliana Tuma.
A titular da Depca afirmou que os laudos confirmaram conjunção carnal e coito anal na bebê. Os exames revelaram, ainda, que em virtude das condições dos órgãos os abusos já vinham acontecendo há bastante tempo. Na unidade policial, durante depoimento e, diante da confirmação do estupro pelo IML, a mãe da vítima afirmou que o médico seria pai da bebê, mas que nunca havia mostrado amor paternal pela filha. A jovem disse, ainda, que presenciou diversas vezes atitudes suspeitas do infrator com a vítima.
“Naquela tarde no motel a jovem afirmou ter visto o parceiro assistir filmes pornográficos com as mãos nas nádegas da bebê, que estava despida. Ela argumentou que chegou a Manaus aos 15 anos para trabalhar como doméstica, na casa do médico, quando eles começaram a manter relações sexuais que, segundo ela, não era consentido. Quando engravidou, passou a nutrir um sentimento por ele e, por isso, nunca o denunciou. A jovem afirmou que o médico é o pai da bebê, porém, ele só vai registrar a menina mediante comprovação da paternidade, por meio de exame de DNA”, declarou a titular da Depca.
No prédio da especializada o médico e a jovem foram autuados em flagrante por estupro de vulnerável. Ao término dos procedimentos cabíveis na unidade policial, eles serão levados para audiência de custódia no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, no bairro São Francisco, zona Sul de Manaus. A vítima está sob proteção judicial.
Com informações da assessoria