
Ação de policiais civis da Depca (Fotos: Reprodução)
Manaus (AM) – Raimundo Martins de Medeiros, 74, foi preso, em flagrante, na manhã desta quarta-feira (1º), pelos crimes de estupro de vulnerável e exploração sexual praticados contra um adolescente de 12 anos, que possui o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é filho de um policial civil. A ação policial aconteceu no bairro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste da capital amazonense.
De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), as investigações iniciaram após um familiar levara a vítima com dores no estômago para o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) e Maternidade Chapot Prevost, que fica no mesmo bairro do cumprimento da prisão. O idoso é ex-patrão da mãe do adolescente.
“Durante a realização de exame, descobriu-se que o adolescente tinha sofrido violência sexual. A vítima disse que foi levada para a casa do idoso e depois abusada sexualmente com a promessa de dinheiro. Após o ato sexual ser consumado, a criança se queixou de dores na barriga”, explicou a delegada Joyce Coelho.
A vítima relatou, ainda, que já tinha sido estuprada outras vezes. Em um dos estupros, Raimundo ofereceu R$ 11 para o jovem comprar pão de queijo. O último abuso sexual ocorreu na tarde de 31 de maio deste ano. No momento da prisão, o idoso chegou a convidar a equipe da Depca para tomar café.
Na unidade policial, a equipe de investigação constatou que o idoso respondia em liberdade pelo crime de homicídio qualificado em 2010, que teve como vítima uma menina de 10 anos. À época, a criança contou para a esposa do idoso que era aliciada e abusada sexualmente em troca de dinheiro. Após revelar a situação, a menina passou sofrer ameaças e perseguição. No dia 30 de novembro de 2010, a criança foi encontrada morta em um ramal com sinais de estrangulamento.
Procedimentos
Raimundo foi enquadrado pelos crimes de estupro de vulnerável e exploração sexual. Após os trâmites na delegacia, o idoso passará por audiência de custódia na Central de Recebimento e Triagem (CRT), e aguardará decisão da Justiça.