
Ricardo morreu com tiros nas costas após abordagem da PM (Foto: Lucas Pereira/DM)
O pedreiro Ricardo Chuanski de Souza Monteiro, de 23 anos, foi morto a tiros durante uma abordagem policial, na noite desta segunda-feira (23), na Rua Aurélio Buarque (antiga Rua 1), bairro Alvorada 1, Zona Centro-Oeste de Manaus. Na ação, outras duas pessoas também ficaram feridas.
Segundo relatos de populares, o crime ocorreu por volta das 17h30. Um grupo de pessoas estava na rua, quando policiais militares da 10ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) chegaram ao local e, ao se aproximarem começaram a efetuar disparos.

Segundo versão, os policiais forjaram a cena do criem ao colocar u revólver na mão da vítima (Foto: Divulgação)
Assustados, o grupo correu para uma área de mata, próximo ao campo de futebol, mas foi cercado pelos policiais militares. No local, os policiais teriam torturado quatro homens para que indicassem uma “boca de fumo”. Em seguida, tiros foram efetuados.
De acordo com o empresário Mário Carlos de Monteiro, de 28 anos, o irmão de Ricardo estava indo jogar futebol quando houve abordagem policial.
“O meu irmão correu para área de mata durante os tiros. Lá ele foi assassinado com tiros nas costas pelos policiais. Aqui é considerado ‘área vermelha’ e não vou negar, mas o meu irmão não era bandido para ser morto desta forma. Os policiais forjaram a cena do crime ao colocar um revólver calibre 38 na mão esquerda do meu irmão, que é destro”, disse Mário Carlos.

Ricardo chegou ao correr para área de mata durante a abordagem dos policiais (Foto: Divulgação)
Além de Ricardo, outros dois homens, identificados como Ronaldo Santos Rosa, de 20 anos, e Emerson Seixas da Silva, de 32 anos, foram baleados na abordagem policial. Eles foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados ao Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul.
Após o fato, foram enviados ao local reforço policial para conter moradores, que estavam revoltados e pediam justiça por conta da ação dos policiais militares. O corpo da vítima foi removido ao Instituto Médico Legal (IML).
Os policiais militares não quiseram falar sobre o caso. O Diário Manauara enviou nota para a Polícia Militar sobre as denúncias apuradas no local e aguarda posicionamento.