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Polícia

Homem é achado morto com cabeça esmagada após sair de casa para pegar dinheiro

Alan foi morto e depois arrastado para atrás de um campo de futebol (Foto: Lucas Pereira/DM)

 

Manaus/AM – Alan Rodrigues de Oliveira, de 26 anos, foi encontrado morto com a cabeça esmagada, na noite desta sexta-feira (28), atrás de um campo de futebol Waldir Moraes, na Rua Curica, no bairro São José 2, Zona Leste de Manaus. Informações preliminares dão conta que os assassinos já esperavam pela vítima. Nenhum suspeito foi preso.

De acordo com o tenente Renê Fernandes, da 9ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), populares encontraram o corpo por volta das 20h e acionaram a polícia. Alan teria saído do bairro Armando Mendes, na mesma zona, para encontrar com alguém e pegar uma quantia em dinheiro.

 

Uma pedra foi usada para esmagar cabeça da vítima (Foto: Lucas Pereira/DM)

 

A vítima foi surpreendida e morta com várias pedradas na cabeça, que ficou parcialmente esmagado. Em seguida, os criminosos arrastaram o corpo e abandonaram atrás do campo de futebol sem iluminação pública.

“O corpo foi reconhecido pelo primo da vítima que é policial militar. Pelas características da brutalidade do crime, acreditamos que foi um acerto de contas. Tivemos informações que Alan havia testemunhado contra um traficante de drogas. A suspeita é de que os criminosos já aguardavam por Alan ou souberam que ele estava aqui”, explicou o tenente Renê Gomes.

A polícia informou que Alan tinha testemunhado contra o traficante de drogas Thiago Fernandes Farias, conhecido como “Thiago Cruzeta”, de 28 anos. Ele é um dos foragidos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), ocorrido no dia 1º de janeiro de 2017, durante uma rebelião que durou mais de 17 horas e foi considerado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) como o maior massacre do sistema prisional do Estado.

O saldo foi de 56 mortos e uma fuga em massa de 225 presos. Os mortos são integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e presos por estupro. As mortes foram atribuídas por membros da Família do Norte (FDN), considerado pela segurança pública como a terceira maior facção criminosa do país.

“Vamos iniciar as investigações se há ligação desse traficante com a morte de Alan. Ainda é cedo afirmar a motivação e autor. Esse traficante já possui mandado de prisão em aberto”, explicou um investigar da Polícia Civil que preferiu não se identificar.

 

O corpo de Alan foi removido ao Instituto Médico Legal (Foto: Lucas Pereira/DM)

 

Após os trabalhos da perícia criminal do Departamento de Polícia Técnica-Científica (DPTC), o corpo foi removido ao Instituto Médico Legal (IML). O caso será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

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