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Polícia

Guerra de facções: pai e filho mortos após execução de ‘Argentino’

Crime ocorreu em possível vingança à morte de integrante do PCC ou passional

Guerra de facções: pai e filho mortos após execução de ‘Argentino’

Pai e filho mortos em possível retaliação à morte de ‘Argentino’ (Fotos: Divulgação)

Manaus (AM)A violência em Manaus segue em escalada com a guerra entre facções criminosas. Na tarde deste domingo (22), mais um crime foi registrado no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste da capital. Moisés de Souza Sena, de 23 anos, e seu filho Miguel, de apenas 2 anos, foram executados a tiros por criminosos armados em plena luz do dia.

Na mesma ação criminosa, uma mulher que estava com Moisés também foi baleada e permanece internada no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. Platão Araújo, na mesma zona. O ataque aconteceu entre a rua Alarico Furtado e a avenida Sumaré, na comunidade Valparaíso.

Moisés foi morto a tiros em plena luz do dia (Foto: Divulgação)

Informações preliminares são de que o trio seguia em uma motocicleta modelo Honda 125 Fan, quando foi surpreendido por ocupantes de um carro que emparelharam o veículo e dispararam, pelo menos, cinco vezes contra as vítimas. Moisés morreu no local. A criança, baleada na cabeça, foi socorrida, mas não resistiu.

Miguel, filho de Moisés, morreu no hospital (Fotos: Divulgação)

Execução pode ter sido por vingança

Segundo informações da polícia, a suspeita é de que o crime tenha sido uma possível retaliação à morte de Darlei Sales Vasconcelos, o “Argentino”, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), que foi esquartejado e queimado por membros do Comando Vermelho (CV) na madrugada do mesmo dia, também no Jorge Teixeira.

Contudo, a polícia não descarta também crime passional. Levantamentos investigativos apontam que o Moisés estava se relacionando com ex-mulher de um traficante, que estava preso e pode ter encomendado as mortes. Moisés era morador da comunidade Cidade Alta, no bairro Jorge Teixeira. A mulher não era mãe da criança.

Avanço das facções e a falência da segurança pública

Esse novo episódio sangrento é reflexo direto do crescimento do poder das facções nas periferias, onde a ausência do Estado é notória. Enquanto a criminalidade avança, o Governo do Amazonas segue inerte. O governador Wilson Lima, mais focado em articulações políticas para 2026, permanece calado diante do caos.

A polícia sofre com efetivo reduzido, viaturas sucateadas e falta de condições mínimas para atuar.

Sob medo após nova onda de crimes

Enquanto facções disputam território e deixam rastro de sangue na capital, moradores vivem sob medo após nova onda de crimes e testemunham vidas inocentes perdidas nesta guerra sem precedentes. A população vive com medo e abandonada por uma gestão que prometeu segurança, mas entrega tragédia.

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investigará o caso em possível vingança entre facções criminosas ou crime passional motivado por forte emoção, como ciúmes, raiva ou ódio.

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