Francisco Ney foi achado morto com um tiro por moradores. (Foto: Lucas Pereira/Diário Manauara)
O pedreiro Francisco Ney Assis da Silva Filho, 64, foi morto com um tiro no pescoço, na noite desta segunda-feira (12), dentro da própria casa, situada na Rua 27, na Comunidade Alfredo Nascimento, bairro Cidade de Deus, Zona Norte de Manaus.
Segundo moradores, o crime ocorreu por volta das 19h30, instantes depois de ouvirem um disparo de arma de fogo. Francisco foi encontrado caído na porta da casa dele com um ferimento de tiro na região do pescoço. A vítima morreu no local.
Um morador, que preferiu não se identificar, disse que após o barulho do tiro, um homem foi visto fugindo a pé em rumo ignorado, porém, não foi possível reconhecer o autor. Na cena do crime, o assassino deixou pegadas em meio a rastros de sangue.
Ainda segundo o morador, Francisco estava incomodado com a movimentação de traficantes da área no beco, que dá acesso ao imóvel onde morava e fechou a passagem ao locar um portão.
“O pedreiro fechou o caminho com um portão de alumínio, o que irritou os traficantes da área. Esse foi o motivo da morte dele”, finalizou o morador.
A sobrinha da vítima, a estudante Beatriz Soares, 20, informou que a motivação do crime é desconhecida pela família, uma vez que Francisco era evangélico e frequentava à Igreja Adventista do Sétimo Dia.
“Não sabemos quem possa ter cometido esse crime. O meu tio morava sozinho e, segundo relatos dos vizinhos dele, não tinha problemas com ninguém no bairro”, disse a sobrinha da vítima.
Questionado se o pedreiro já tinha passagem pela polícia ou se estaria recebendo ameaças, a sobrinha da vítima informou que os familiares desconheciam qualquer tipo de envolvimento de Francisco com crimes ou se recebia ameaças de mortes.
Entretanto, policiais civis, ao consultarem o Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), Francisco possuía dois mandados de prisão preventiva, um na 5ª Vara Criminal e o outro, na Vara Especializada de Crimes Contra Idosos, Adolescentes e Crianças.
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). O caso foi registrado no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), mas as investigações serão direcionadas pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
