O ex-presidiário Timóteo Monteiro Ramos, 33, morreu com um tiro na noite de quinta-feira (24), no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. Platão Araújo, após uma abordagem policial na Rua Santa Helena, bairro Novo Aleixo, Zona Norte de Manaus.
Segundo relatos de testemunhas, o crime ocorreu por volta das 15h30. Timóteo caminhava pela via quando foi abordado por policiais civis do 27º Distrito Integrado de Polícia (DIP) como suspeito de cometer ações criminosas.
Durante abordagem, Timóteo foi atingido com um tiro na lateral esquerda do tórax, próximo das costas, efetuado por uma investigadora da Polícia Civil. Ele foi socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu ao ferimento durante o procedimento cirúrgico por volta das 21h40. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
“O Timóteo estava sentado na calçada quando a policial veio caminhado na direção dele com uma arma em punho. Nesse momento, ele foi chamado por uma irmã e saiu andando. A policial deu ordem para que ele parasse, mas Timóteo não atendeu ao pedido e correu ocasião em que a policial atirou. Timóteo não estava armado”, disse a testemunha que preferiu não ter o nome revelado.
Versão da polícia
De acordo com as informações do Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela investigadora que supostamente foi autora do disparo contra Timóteo, a abordagem teve início após denúncias anônimas por meio do número (92) 99371-8145, disque-denúncia da unidade policial, o qual informava que um homem estaria comercializando drogas e portando um revólver.
Diante dos fatos, uma equipe de investigadores foi ao local e encontrou o homem. Na abordagem, a policial teria percebido movimento de reação do suspeito e efetuou um disparo contra o tórax de Timóteo. Após o fato, a policial teria achado na cintura de Timóteo uma arma de fogo.
Na versão apresenta pela polícia, familiares contestaram que Timóteo estivesse armado no memento da abordagem. Segundo os parentes da vítima, a policial civil é conhecida no bairro Novo Aleixo por ter um temperamento explosivo.
Ficha policial
Timóteo respondia três processos na Justiça pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ele passou nove meses preso em um presídio de Manaus e estava em liberdade condicional há seis meses.
O caso
A arma de fogo de uso permitido encontrada em posse de Timóteo e a arma utilizada na intervenção policial pela investigadora foram recolhidas para a perícia. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).