Cássio Leal Kitzenger, 20, desaparecido desde a noite do dia 10 de agosto deste ano, foi encontrado morto, na tarde desta quinta-feira (17), dentro de uma cova em avançado estado de decomposição, no terreno de uma empresa do ramo de bebidas, cujos fundos fica na Rua Vitória, bairro Colônia Terra Nova, Zona Norte de Manaus.
De acordo com as informações do capitão Martins Costa, do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), o cadáver estava a cerca de três metros de profundidade. As mãos do homem estavam amarradas para trás com fios elétricos e a cabeça estava enrolada com uma camisa.
No local, a comerciante Silmara da Costa Leal, 36, reconheceu o corpo como sendo do sobrinho dela que era usuário de drogas. Ela disse que Cássio tinha saído de casa durante a noite para deixar um celular com uma amiga e não retornou mais para o convivo familiar.
“Cássio era usuário de drogas, mas ele nunca mencionou se estava recebendo ameaças de morte. Ele era uma pessoa muito fechada”, disse a tia da vítima.
O tenente Adriano Leônidas, subcomandante da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães), informou que três policiais e duas cadelas farejadoras – Selim, da raça rastreador brasileiro e Ronda, da raça pastor belga malinois ajudaram nas buscas pelo corpo.
O tenente ressaltou que populares relataram a existência de mais quatro corpos enterrados no terreno.
“Vamos iniciar as buscas no início da manhã desta sexta-feira (18) com um contingente maior, haja vista a possibilidade de mais corpos no local”, explicou o subcomandante do CIPCães.
Conforme as avaliações preliminares dos peritos criminais do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), a vítima foi morta por estrangulamento. Devido o estado de decomposição do cadáver, não foi possível identificar se havia perfurações. O corpo de Cássio foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
Cova
Ao Diário Manauara, um morador disse que o terreno que pertence à empresa Coca Cola é uma área extensa onde existem três campos de futebol. Segundo ele, que preferiu manter o nome em sigilo, o local é usado por traficantes como cemitério clandestino e semanas antes a cova foi encontrada aberta.
Investigadores da Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros (DEHS) informaram que o jovem tinha passagem pela Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai) por furto e tráfico de drogas. O caso é investigado.