
Geilson Carvalho, 24, foi morto a tiros em possível acerto de contas relacionado ao tráfico de drogas. (Foto: Divulgação)
Geilson Carvalho Ribeiro, 24, foi assassinado a tiros, e Wallacy Vieira da Silva, 18, ficou ferido, na noite de sábado (20), por volta das 20h, em frente ao 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus).
De acordo com o major Pedro Moreira, comandante do 5º BPM, os policiais foram acionados por Wallacy, que informou ter sido vítima de uma tentativa de homicídio. No local, policiais encontraram Geilson morto.
À polícia, Wallacy disse que estava trafegando em uma motocicleta pela estrada do aeroporto, quando dois homens numa moto Bros, cor preta, placa não identificada, efetuaram os disparos de arma de fogo.
Wallacy e o amigo, que estava na garupa empreenderam fuga na tentativa de escapar da dupla, porém, foram atingidos com tiros nas costas. Wallacy foi socorrido e encaminhado para uma unidade de saúde do município. O corpo de Geilson foi removido para o necrotério de um hospital.
Testemunhas relataram aos policiais militares, que um traficante da área, conhecido como ‘Vitão’, e ‘ Cimazinho’ foram vistos na estrada do aeroporto, em uma motocicleta preta, com mesmas características repassadas por Wallacy. Entretanto, nenhuma testemunha quis prestar depoimento por medo de represálias.
Crimes
As constantes ondas de assassinatos no município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus) vêm tomando proporções e causando medo na população. As mortes são motivadas pelo controle do tráfico de drogas no município.
De acordo com a denúncia do major Pedro Moreira, comandante do 5º BPM, pistoleiros estão sendo contratados para cometer os crimes a mando de traficantes presos na Unidade Prisional de Coari (UPC).
“Os xerifes comandam o tráfico de drogas dentro e fora do presídio. Alguns desses criminosos agem com regalias dentro da unidade e vivem como querem. Por conta disso, pedidos de transferência para o presídio de Manaus já foi solicitado, mas até agora não foi providenciado”, disse.
O major ressalta que dentro da unidade prisional, na área de isolamento, estão ‘Nego do Catara’ e ‘Mata-Porco’, acompanhados de seus soldados. Nesse local, as celas estão todas na cerâmica e passaram por reformas, a mando de ‘Nego do Catara’.
Moreira declara ainda, que a Polícia Civil não possui contingente necessário para investigar a criminalidade no município e, para efetuar a prisões de traficantes é indispensável equipes da capital.
Em nota, a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), informou que as denúncias feitas pelo major Pedro Moreira será apurada.