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Polícia

Dupla envolvida em sequestro e extorsão de ex-colega de trabalho é presa na Zona Norte de Manaus

Rodrigo e Suellen foram indiciados por extorsão mediante sequestro e associação criminosa - foto: Erlon Rodrigues/assessoria da Polícia Civil

Rodrigo e Suellen foram indiciados por extorsão mediante sequestro e associação criminosa – foto: Erlon Rodrigues/assessoria da Polícia Civil

O motorista de transporte coletivo Rodrigo Barroso Pereira, 32, e da desempregada Suellen Christina Silva de Oliveira, 33, envolvidos em crime de extorsão mediante sequestro, foram apresentados na tarde desta terça-feira (22), por volta das 14h30, no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), na Zona Norte de Manaus.

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De acordo com o titular do 6º DIP, delegado Jeff David Mac Donald, Rodrigo foi preso na tarde de segunda-feira (21), na casa onde morava, localizada na Rua Cândido Mariano (antiga Serra do Tepequém), Comunidade Grande Vitória, bairro Gilberto Mestrinho, Zona Leste. Já Suellen foi detida na residência dela, situada na Rua Conservatória (antiga Ayrton Senna), loteamento Riacho Doce 2, bairro da Cidade Nova, Zona Norte.

O casal foi preso em cumprimento a mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos no sábado (19), pela juíza do Plantão Criminal, Rosália Guimarães Sarmento. Rodrigo e Suellen são apontados pelo envolvimento em crime de extorsão, ocorrido no dia 16 de novembro deste ano, no loteamento Riacho Doce.

Entenda o caso

Por volta das 13h, da tarde de quarta-feira (16), uma mulher de 36 anos, que trabalhava com Suellen, foi até a casa da criminosa. Minutos depois, um casal em uma motocicleta, e um homem em um carro, modelo Celta, cor vermelha, chegaram ao local e amarraram a vítima em uma cadeira.

“Até o momento não identificado, o casal, com o consentimento de Suellen, obrigou a vítima a fornecer o cartão da conta bancária dela e a senha para a realização de saques, enquanto o outro elemento aguardava no carro. Na primeira investida Suellen e a outra mulher conseguiram sacar R$ 3 mil em espécie. Em seguida o casal deixou o lugar com o filho da vítima, de nove meses, como garantia de que ela não tentasse pedir ajuda ou até mesmo fugisse do imóvel. Horas depois o casal foi comprar roupas e sapatos com o cartão da vítima”, disse o delegado.

O titular do 6º DIP ressaltou que enquanto o casal fazia compras, Suellen, em posse de uma tesoura, ficou vigiando a vítima. Quando questionada sobre o motivo do que estava acontecendo, Suellen teria informado que o mandante do crime seria Rodrigo, pai do filho da vítima. Suellen argumentou, ainda, que o valor do serviço, acertado em R$ 3 mil, seria o dinheiro obtido da própria vítima, em função de uma rescisão de trabalho que ela recebeu. O casal retornou com a criança no início da noite.

“Rodrigo, Suellen e a vítima se conheceram em uma empresa de transportes coletivos, onde Rodrigo trabalhava como motorista e elas foram cobradoras de ônibus, mas já haviam sido demitidas. A vítima e Rodrigo mantiveram um relacionamento extraconjugal, uma vez que ele é casado, e a vítima acabou engravidando. Rodrigo nunca teria aceitado o filho e, por muitas vezes, teria tentado convencer a vítima a abortar a criança. Rodrigo não queria pagar pensão, por isso planejou o crime”, esclareceu Mac Donald.

Na delegacia Suellen contou que ligou para Rodrigo para saber o que fazia com a vítima e o filho, mas como ele não atendeu, ela resolveu liberar a colega e o bebê.

“Suellen argumentou que não sabia se eles levariam o plano adiante, matando a vítima e o filho dela, mas como Rodrigo não atendeu às ligações, Suellen contou todo o plano à vítima e a liberou. Rodrigo nega qualquer tipo de envolvimento no delito”, disse o delegado.

Jeff Mac Donald disse que a vítima foi submetida a exame de corpo de delito e, durante depoimento na unidade policial, contou que uma semana antes do crime teria ido à casa de Suellen e a colega teria oferecido um suco a ela que a fez passar mal e desmaiar. Ela nunca suspeitou que Suellen, com quem já havia trabalhado, pudesse fazer parte de algo contra ela.

Conforme a autoridade policial, as investigações apontam que Rodrigo teria chantageado Suellen para que ela participasse do delito, por conta dele ter descoberto detalhes da vida pessoal dela. O indivíduo teria ameaçando revelar aos familiares dela um caso amoroso que ela mantinha com um funcionário da empresa. Mac Donald informou que as investigações em torno do caso irão continuar para que os demais infratores envolvidos no caso sejam identificados e presos.

Rodrigo e Suellen foram indiciados por extorsão mediante sequestro e associação criminosa. Ao término dos procedimentos cabíveis, Rodrigo será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) e Suellen levada ao Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF).

Com informações da assessoria