
José Carlos teria contraído um empréstimo junto a um agiota e estava recebendo ameaças de morte por não ter devolvido os valores (Foto: Divulgação)
Uma dívida por empréstimo de dinheiro pode ter sido o motivo para a execução do motorista José Santos Rodrigues, 49, no início da madrugada deste sábado (11), na Rua Boa Esperança, no bairro Vila da Prata, Zona Oeste de Manaus. A vítima estava com o irmão quando foi perseguida e cercada por dois em uma motocicleta. A Polícia Civil já investiga o crime, mas até agora ninguém foi preso.
De acordo com a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), José Carlos teria contraído um empréstimo dez vezes mais junto a um agiota e estava recebendo ameaças de morte por não ter devolvido os valores. O motorista e um irmão de 33 anos estavam consumindo bebidas alcoólicas, por volta de 0h30, nas proximidades de uma quadra poliesportiva do bairro, quando foram abordados por dois homens armados em uma motocicleta.
Um dos suspeitos que estava na garupa da moto sacou uma arma de fogo e, sem dizer nada, começou a atirar contra José Carlos. Os dois irmãos correram, mas foram encurralados depois de entrarem numa rua sem saída. José Carlos foi alvejado com pelo menos dez tiros, a maioria na cabeça e nos braços. Os criminosos fugiram em seguida sem levar nenhum pertence da vítima, o que descarta a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte).
O motorista ainda foi socorrido com vida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas chegou morto ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias, no bairro Compensa, Zona Oeste da capital.
À polícia, familiares relataram que José Carlos havia discutido com um homem na última semana e que pessoas desconhecidas passaram a rondar em dois veículos na frente da casa do motorista na noite de sexta-feira (10). Na ocasião, um dos ocupantes chegou a perguntar se José Carlos estava morando no local.
Segundo os familiares, José Carlos não tinha envolvimento com drogas e ajudava o irmão na empresa de aluguel de banheiros químicos onde trabalhava também como motorista. Ele havia feito um empréstimo e estava devendo dinheiro para um agiota.
Para a polícia, a hipótese mais provável para o crime é de acerto de contas, já que José Carlos não havia quitado o valor emprestado ao agiota. A equipe de investigação da DEHS informou que no momento da execução os suspeitos anunciaram o assalto apenas para despistar a polícia. O caso já está sendo investigado pela especializada.