O presidiário foi executado com 14 tiros em frente da estação de captação de água do Proama (Foto: Lucas Pereira/DM)
O parintinense Rossini da Silva Roberto, 27, beneficiado pela saída temporária de Natal, foi executado com pelo menos 14 tiros, na noite deste sábado (17), em frente da Estação de Tratamento de Água (ETA – Ponta das Lajes), do Programa Águas para Manaus (Proama), na Avenida Oitis, no bairro Distrito Industrial 2, Zona Leste de Manaus. A vítima tinha diversas passagens pela polícia.
Segundo informações de uma testemunha, que preferiu não se identificar por medo de represálias, o crime foi cometido por volta das 21h50, por dois homens não identificados. O presidiário foi retirado do banco de passageiro traseiro de um veículo Siena prata e depois executado de joelhos com vários tiros à queima-roupa. Na ocasião, a vítima ainda chegou a implorar pela vida. Os atiradores fugiram em seguida do local em rumo ignorado.
O Samu chegou a ser acionado, mas o detento já estava morto (Foto: Lucas Pereira/DM)
Policiais militares da 25ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) que realizavam patrulhamento de rotina encontraram o corpo no meio da via e isolaram a área até chegada dos peritos criminais do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) e investigadores da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda chegou a ser acionada para o local.
Durante os trabalhos da polícia, familiares e amigos começaram a chegar e dar detalhes sobre o caso. Segundo eles, Rossini havia deixado a residência da família na Rua Q, no bairro Armando Mendes, na mesma zona, após um desentendimento com o pai. Os parentes acreditam que no trajeto para a casa da avó, na comunidade Grande Vitória, Rossini tenha sido sequetrado.
Na cena do crime, um perito criminal recolheu sete cápsulas de pistola calibre ponto 40 que estavam espalhadas na extensão da via. O presidiário foi atingido com 12 tiros na cabeça, um nas costas e outro no lado esquerdo do corpo. No memento da execução, a vítima carregava uma mochila com algumas peças de roupas. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com a polícia, Rossini cumpria pena no regime semiaberto no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), mas não retornou à unidade prisional após ser beneficiado com saída temporária no Natal, em novembro de 2017. Consta no site do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que o presidiário respondia quatro processos por furto e roubo.
À polícia, familiares relataram que Rossini era envolvido com o tráfico de drogas. Com bases nas informações obtidas, a equipe de investigação da DEHS já tem a motivação e pistas dos suspeitos de cometer o crime, porém, os detalhes não foram revelados para não atrapalhar o andamento das diligências no entorno do caso.
